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Lupi se reúne com PDT para avaliar denúncias

Antes do encontro na sede do partido, o ministro do Trabalho mandou distribuir à imprensa uma carta do chefe de gabinete da Presidência no qual ele nega relatos sobre irregularidades na pasta

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Por Redação
Atualização:

BRASÍLIA - Para subsidiar sua defesa, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, alvo de denúncias de corrupção no ministério, mandou distribuir à imprensa uma carta enviada pelo chefe de gabinete da Presidência da República, Giles Azevedo à revista Veja. O documento foi distribuído nesta terça-feira, 8, antes da entrevista coletiva convocada por Lupi. O ministro se reúne nesta terça à tarde com a Executiva Nacional do PDT, na sede do partido, para prestar esclarecimentos sobre as denúncias às bancadas federais.Na carta endereçada à Veja, Giles admite que faz parte de suas funções receber parlamentares que reivindiquem uma audiência com a presidente Dilma Rousseff. No entanto, ele alega que jamais ouviu "de deputados do PDT, ou de qualquer outro partido" relatos sobre irregularidades no Ministério do Trabalho.A reportagem da Veja publicada na edição desta semana afirma que caciques do PDT comandados por Lupi teriam transformado órgãos de controle da pasta em instrumento de extorsão. Segundo a revista, a partir de relatos de diretores de ONGs, parlamentares e servidores públicos, o esquema funcionaria assim: primeiro o ministério contrata entidades para dar cursos de capacitação profissional, e depois assessores exigem propina de 5% a 15% para resolver ''pendências'' que eles mesmos criariam.A revista afirmou, ainda, que o Planalto estaria monitorando o caso, que teria chegado ao conhecimento de Giles mediante relatos de deputados federais do próprio PDT. Segundo a reportagem, após esses relatos, o Planalto teria determinado a demissão de Marcelo Panella, ex-chefe de gabinete de Carlos Lupi e tesoureiro do PDT, que estaria à frente do esquema. Panella nega as acusações.

 

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