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Lupi diz que PDT quer continuar com ministério no governo de Dilma

O ministro do Trabalho manifestou disposição do partido em permanecer com Pasta e afirmou que pretende avançar em outros espaços

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Por Redação
Atualização:

RIO - O ministro do Trabalho e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, disse ontem que "a maioria esmagadora do partido quer continuar com a Pasta, mas avançar em outros espaços", no próximo governo. O pedetista vai se reunir na semana que vem com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, encarregado pela presidente eleita Dilma Rousseff de conversar com todos os partidos aliados.

 

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"O PDT pode colaborar com quadros experientes em vários setores, especialmente na área social, de minas e energia, petróleo. Tudo que envolve a área social nos interessa. A hora não é de pressionar, mas de dialogar. A Dilma vai avaliar nosso trabalho no ministério. Temos trinta anos de amizade. Tenho consciência de que cumprimos nosso dever, mas ela vai avaliar e verificar onde seremos úteis", disse Lupi, lembrando que seu partido "foi o primeiro a declarar apoio oficial a Dilma, antes mesmo da convenção do PT."

 

Segundo Lupi, a conversa direta com Dilma acontecerá quando as negociações sobre participação no governo estiverem mais avançadas. "Em 2006 (ano da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva) também foi assim. Nosso diálogo era com o Tarso Genro (ex-ministro, agora eleito governador do Rio Grande do Sul), conversamos com o Lula quando as coisas já estavam encaminhadas", lembrou.

 

No primeiro escalão, o PDT tem apenas o Ministério do Trabalho. Lupi evita citar outros cargos que o partido gostaria de ocupar no futuro governo Dilma. "Pode ser ministério, pode ser empresa pública. Nossa preocupação é colaborar", afirmou. O ministro disse que ainda não esteve pessoalmente com Dilma depois da vitória. "Liguei para dar parabéns e ela me disse que o Dutra vai conversar com os partidos", contou.

 

Lupi defende que, logo no início do novo governo, Dilma mobilize dos aliados pela reforma política. "É quando o governo está mais forte. A reforma política é mais difícil que a tributária", avalia. O ministro propõe que, depois de deixar a Presidência, Lula lidere "uma frente partidária ampla para pôr em prática o objetivo de erradicar a miséria no Brasil e avançar na saúde e na educação". "A frente partidária tem muito mais força do que uma frente só parlamentar, que busca cargos importantes na Câmara e no Senado", diz.

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