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Lula volta a aparecer no programa de Dilma

Horário eleitoral do PT enfatizou as comparações entre o atual governo e o do tucano FHC

Por Anne Warth e da Agência Estado
Atualização:

SÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a participar do programa eleitoral da tarde desta terça-feira, 28, da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Na gravação, Lula disse ter certeza de que Dilma vai continuar seu trabalho e transformar o Brasil em um país desenvolvido. "Hoje, quando eu olho pra trás e vejo como o Brasil mudou, é até difícil explicar. Mudou tudo, a forma como o brasileiro enxerga o País, a forma como o mundo enxerga o Brasil. Estamos prontos para crescer como nunca crescemos antes", afirmou."O governo tem um rumo, a economia está sólida e o povo está confiante. A gente percebe uma energia nova no País", disse Lula. "Quer saber? Valeu a pena ter vivido tudo que eu vivi para ver que era possível transformar o Brasil num país melhor. Tenho muito orgulho de ter começado esse trabalho e a maior certeza do mundo que a Dilma vai dar os passos que ainda faltam para o Brasil se transformar num país realmente desenvolvido."O programa de Dilma enfatizou as comparações entre as realizações do governo Lula e as do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, destacou os programas coordenados pela ex-ministra, como o Luz para Todos, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida, e voltou a comemorar o processo de capitalização da Petrobras."Tudo que está sendo colhido agora é fruto do que plantamos desde o primeiro dia do governo Lula. Agora que a eleição está chegando na reta final, é mais importante que nunca cada brasileiro comparar o nosso modelo de governar com aquele modelo do passado. Para nós, melhorar a vida das pessoas não é uma promessa de campanha, é uma prática do nosso dia a dia", disse Dilma. "Hoje, ninguém que nasce pobre está condenado a ser pobre para sempre. Pelo contrário, ele sabe que pode subir na vida e que tem um governo que vai lhe apoiar", afirmou a candidata.SaúdeJá o programa de José Serra (PSDB) focou nas propostas na área de saúde e criticou as ações do governo federal, mas sem citar o nome do presidente Lula ou de Dilma. "Não tem como negar: a saúde hoje é o problema número 1 do Brasil inteiro, de todos os Estados e todos os municípios. A verdade é que o governo federal não fez o que devia na saúde", afirmou. "Por exemplo, não deram continuidade aos mutirões, fizeram pouco pelos genéricos, não investiram na saúde da mulher, muito pouco nos hospitais, nada nas consultas e nos exames", citou Serra. "Você sabe o que eu fui capaz de fazer na saúde como ministro. Agora, como presidente, vou poder fazer muito mais."O programa do tucano explorou também suas realizações como ministro da Saúde, do Planejamento, prefeito de São Paulo e governador paulista. Ele prometeu investir em saneamento, criar 150 policlínicas em todo o País, construir hospitais regionais no interior, fazer uma rede de atendimento para pessoas com deficiência e diminuir os impostos sobre os remédios. "É um absurdo o que a família brasileira paga de impostos sobre remédios hoje em dia."AscensãoEm ascensão, segundo as mais recentes pesquisas de intenção de voto, Marina Silva (PV) disse ter a certeza de que irá para o segundo turno. "O que eu sinto por onde passo é a certeza de que vamos para o segundo turno para debater com profundidade os problemas do Brasil", disse. No programa, foram exibidas gravações com o ator Marcos Palmeira e a cantora Adriana Calcanhotto em apoio à candidata.Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) investiu na comparação entre as propostas dos candidatos. "Estamos na reta final e agora é a hora em que você faz a diferença. Lembre-se de quem falou seriamente em desigualdade social, reforma agrária, reforma urbana, educação pública, saúde pública. Esta é a diferença", afirmou.Rui Costa Pimenta disse que o PCO é o verdadeiro partido dos trabalhadores, dos revolucionários e dos socialistas. Zé Maria (PSTU) criticou os governos do PSDB e do PT e suas políticas de educação. José Maria Eymael (PSDC) prometeu criar o Ministério da Família. Levy Fidelix (PRTB) voltou a criticar os impostos e as taxas de juros. E Ivan Pinheiro (PCB) evocou o passado de lutas do partido contra o capitalismo.

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