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Lula vai se reunir com espanhóis para debater reforma trabalhista

Ex-presidente e centrais sindicais querem discutir modelo que ocorreu no país europeu; PT estuda ‘revogaço’ em caso de vitória na eleição

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Foto do author Levy Teles
Por Levy Teles
Atualização:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá nesta terça-feira, 11, com políticos espanhóis e presidentes de centrais sindicais para debater a reforma trabalhista que ocorreu no país europeu. O encontro acontecerá na sede da Fundação Perseu Abramo, em São Paulo e terá participações online de membros do atual governo espanhol via Zoom — entre eles, o ex-presidente José Luiz Zapatero. Economistas e membros do PT e do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) também farão parte. 

Como noticiado pelo Estadão, o PT planeja imitar a Espanha, que desfez a reforma trabalhista, e estuda revogar outras propostas aprovadas no governo de Michel Temer e Jair Bolsonaro, como o teto de gastos e autonomia do Banco Central.

Segundo dados do Ipec, Lula tem 63% das intenções de votos no Nordeste. Além disso, o ex-presidente conta com uma forte base política local com oPT governando quatro Estados (Bahia, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte). Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

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Miguel Torres, presidente da Força Sindical, que estará na reunião, crê que é preciso abrir o espaço para o diálogo. “Proponho que se faça um balanço da reforma trabalhista e o que se tem agora de resultados”, disse. Para ele não é possível se revogar tudo. É preciso de discutir o tema com o empresariado, com o governo e com os trabalhadores.

Em um encontro com o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, numa padaria da Zona Sul, Geraldo Alckmin afirmou que o mercado ficou preocupado com o possível “revogaço” do PT caso Lula assuma a presidência e quis saber sobre a opinião das centrais sindicais sobre o assunto.

No domingo, 9, líderes de oito centrais sindicais criticaram o artigo publicado pelo ex-presidente Michel Temer publicado na Folha de S. Paulo, que defendia a reforma trabalhista aprovada em 2017. O grupo de sindicalistas afirma no comunicado que a reforma retirou direitos e gerou desemprego.