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Lula vai liberar R$ 1,5 bi para conter crise

Objetivo é atender à lei eleitoral, que limita a julho o prazo para empenhar os recursos

Por Agencia Estado
Atualização:

include "$DOCUMENT_ROOT/ext/politica/tickersobataque.inc"; ?>Na tentativa de contornar a crise na base aliada, o governo decidiu, após longa reunião dos ministros Antônio Palocci (Fazenda) e José Dirceu (Casa Civil) com líderes aliados, criar uma força-tarefa para montar um cronograma de liberação de recursos. Integrada pelos secretários-executivos de quatro ministérios, a força-tarefa definirá a saída de cerca de R$ 1,5 bilhão de recursos das emendas individuais apresentadas pelos parlamentares ao Orçamento deste ano. O governo prometeu também, na reunião, agilizar a nomeação de aliados para cargos federais. Ficou acertado ainda que, a partir de agora, serão retomadas as reuniões semanais de articulação política. Já na próxima terça-feira os líderes se reunirão com Rebelo para discutir a medida provisória que proíbe o funcionamento dos bingos. Com o aumento da pressão dos políticos, que estão de olho no calendário eleitoral, o Palácio do Planalto resolveu agir para autorizar os pagamentos nas próximas semanas. O encontro aconteceu na casa do presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP). Cada um dos 513 deputados e 81 senadores tem emendas individuais no valor de R$ 2,5 milhões no Orçamento de 2004. Esses verbas - que normalmente vão para obras e projetos nos municípios - têm de estar empenhadas até o início de julho próximo, por uma exigência da legislação eleitoral, que proíbe a execução de novos convênios com Estados e municípios 90 dias antes do pleito. Além disso, o governo também se comprometeu a liberar outros R$ 1,3 bilhão que estão pendentes dos Orçamentos de 2002 e 2003. São R$ 700 mil por parlamentar, referentes a restos a pagar de 2002, mais R$ 1,5 milhão por parlamentar de emendas individuais apresentadas ao Orçamento de 2003. "Esse foi o compromisso que o governo assumiu e vai cumprir. E pela primeira vez haverá liberação de recursos em março do orçamento do mesmo ano", afirmou o vice - líder do governo na Câmara, Professor Luizinho (PT-SP)

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