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Lula sugere agenda mínima das oposições

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu que os candidatos de oposição devem assumir um compromisso comum, caso algum deles seja eleito, de suspender a possível privatização de Furnas, se a estatal for vendida até o fim do governo Fernando Henrique Cardoso. Lula defendeu ainda uma agenda mínima entre os candidatos de oposição, em torno de pelo menos três pontos em comum: política energética, um programa econômico mínimo e um modelo de desenvolvimento. O líder do PT passou o dia no Rio, onde participou de uma palestra com estudantes da UFRJ e de um ato contra a crise energética na Assembléia Legislativa. Malan é "subserviente", diz Lula Lula disse que Pedro Malan é o ministro da Fazenda "mais subserviente da história do País". Segundo Lula, se dependesse de Malan o presidente da República e o ministro da Fazenda seriam indicados pelo Fundo Monetário Internacional. Os ataques de Lula foram em resposta à críticas de Malan ao programa econômico alternativo apresentado pelo deputado Aluízio Mercadante (PT-SP) na semana passada. O líder petista afirmou que a discussão neste momento de uma agenda econômica mínima visa criar um "terrorismo" no País em torno de uma possível vitória da oposição em 2002. Ele comparou a "cascas de bananas" as supostas exigências de adversários para que o PT deixe claro, agora, qual será a sua posição sobre a independência do Banco Central, o pagamento das dívidas externa e interna e a manutenção da Lei de Responsabilidade Fiscal e das atuais políticas cambial e tributária, caso eleja o próximo presidente da República. "Você imagina se nós temos condições de ficar discutindo, com um ano e meio de antecedência, o que irá acontecer na economia brasileira? Imagina se vamos ficar discutindo essa história de independência do Banco Central", disse. Lula acredita que a intenção dos adversários é criar um cenário de "medo" igual ao das eleições de 1989, quando a possível vitória do então candidato do PT provocaria a fuga de empresários do País.

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