
08 de outubro de 2009 | 19h04
Com o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT e o PMDB vão firmar uma espécie de protocolo de compromisso de aliança nacional para 2010, traduzindo o apoio à candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para presidência e de um peemedebista para ocupar a vice na chapa. O acordo será selado daqui a duas semanas, quando Lula reunirá a cúpula dos dois partidos e o ministra Dilma.
A data foi acertada na quarta-feira, 7, em conversa por telefone entre o presidente Lula e Temer e conciliará a agenda do presidente, que estará em viagem na próxima semana, e o desejo do PMDB de fechar logo o chamado pré-compromisso. No telefonema, Temer relatou a Lula o resultado do jantar da cúpula do PMDB na noite de terça-feira passada, 6, no qual o partido se declarou pronto para fechar o acordo. A aliança formal só poderá ser feita depois de aprovação em Convenção do partido em junho do próximo ano, seguindo o calendário da legislação eleitoral.
Além de buscar resolver problemas em alguns Estados onde os dois partidos têm pré-candidatos ao governo, peemedebistas consideram que a consolidação do compromisso agora terá repercussão na composição dos diretórios estaduais, que passarão por processo eleitoral no próximo mês. A cúpula partidária quer garantir a escolha de convencionais alinhados com a cúpula nacional no apoio a Dilma.
Uma nota conjunta deverá ser o instrumento para concretizar o pré-compromisso, além do simbolismo da imagem de Lula acompanhado da direção dos dois partidos e da candidata Dilma. PT e PMDB tentarão, a partir daí, resolver as pendências nos Estados, ao mesmo tempo em que Dilma incrementará a pré-campanha eleitoral. O líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), afirmou que Dilma irá se aproximar mais da base social e dos partidos aliados.
"De segunda a sexta, ela trabalhará como ministra e, nos finais de semana, terá uma agenda de pré-campanha, porque ela é pré-candidata do PT", afirmou Vaccarezza. "Nessa agenda de pré-campanha, nós vamos começar a trabalhar as relações com os partidos", completou o líder petista.
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