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Lula reúne hoje ministros para fechar cargos em estatais

Por AE
Atualização:

O governo decidiu atender à principal reivindicação do PMDB. Em reunião marcada para hoje com os ministros Edison Lobão (Minas e Energia) e José Múcio Monteiro (Relações Institucionais), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva baterá o martelo sobre a lista dos indicados do partido para as diretorias das estatais do setor elétrico e da Petrobras. Até ontem à noite, só havia uma pendência: o comando da Eletrobrás. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, vetou o ex-presidente da Eletronorte José Antônio Muniz Lopes para o cargo e a tendência é que prevaleça sua posição. Após muita briga com o PMDB e discussões com Lobão, Dilma quer Flávio Decat no posto. No ano passado, a indicação de Muniz - afilhado político de Lobão e do senador José Sarney (AP) - já enfrentara restrições. Ele era cotado para a Diretoria de Engenharia da Eletrobrás, mas em seu lugar entrou Valter Cardeal, hoje presidente interino da empresa. Cardeal é ligado a Dilma, que tentou mantê-lo à frente da Eletrobrás, mas foi obrigada a ceder num momento em que o governo enfrenta batalha no Congresso. O PMDB venceu o duelo com o PT e vai emplacar Jorge Zelada na Diretoria Internacional da Petrobras. Em compensação, a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), recebeu a garantia de que Jorge Boeira irá para a presidência da Eletrosul. O engenheiro Lívio de Assis Rodrigues, indicado pelo deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) para a Eletronorte, tem problemas com a Fazenda Nacional e é réu em processos envolvendo precatórios. Mas prometeu mostrar certidões negativas e documentos para provar sua inocência. Sarney - que apadrinhou Lobão - deve conseguir pôr Astrogildo Quental na Diretoria Financeira da Eletrobrás. Para a Diretoria Administrativa irá Miguel Colasuonno, protegido do ex-governador Orestes Quércia e do presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP). Questionado sobre a pressão do PMDB, Múcio admitiu que ?a faca vive no pescoço?. Articulador político do governo, disse, entretanto, que ?essas coisas já deviam ter saído?. Na sua avaliação, a longa interinidade nos cargos causa ?problemas? ao governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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