
25 de julho de 2011 | 22h13
Durante o evento, o empresário Romeu Chap Chap destacou que os brasileiros não conseguem "reconhecer os feitos heroicos de seus líderes" e citou o que ele considera pontos de destaque em cada um dos governos que antecederam o de Lula. No caso dos governos militares, ele destacou a criação do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e cujas administrações foram as que mais teriam investido em moradia até a gestão Lula. Chap Chap fez elogios também ao ex-presidente Fernando Collor de Mello por promover a abertura econômica do Brasil no início dos anos 90. Pediu também aplausos dos presentes para os ex-presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso por acabarem com "o fantasma da inflação".
"Sem isso, Lula não teria alcançado seus feitos. São feitos que precisam ser reconhecidos", disse Chap Chap. O empresário afirmou ainda que estava seguro de que Lula apoiou a presidente Dilma Rousseff na carta enviada a FHC em comemoração ao seu aniversários de 80 anos, porque suas obras estão "acima dos partidos". "Dai, o nosso discurso de conciliação nacional", propôs o empresário.
Em outro ponto do discurso, Chap Chap reconheceu que nem todos os presentes tinham votado em Lula ou em Dilma, mas admitiu que era preciso reconhecer o empenho do ex-presidente e da atual para fortalecer a construção civil. O empresário reconheceu a contribuição do ex-presidente e chegou a compará-lo ao ex-presidente francês Charles de Gaulle pelo empreendedorismo.
Em vinte minutos de discurso, Lula disse que repartiria a homenagem com Dilma, seus ex-ministros, trabalhadores da construção civil, mutuários e o Congresso Nacional que aprovou a legislação que facilitou o acesso ao crédito habitacional durante sua gestão. De acordo com Lula, ao assumir o governo, o País tinha um crescimento econômico limitado. "Há mais de 25 anos, o Brasil estava preparado para não crescer", afirmou. O ex-presidente citou os entraves burocráticos que impediam a expansão do crédito e disse que hoje a construção civil vive seu melhor momento dos últimos 25 anos. "As chances foram criadas para quem quer construir e quiser vender", disse Lula.
O ex-presidente ainda brincou com a plateia e disse que o problema do setor hoje é a falta de mão de obra qualificada. "A Marisa precisa de gente para arrumar o apartamento e não consegue", comentou.
Também foi premiado o empresário Eduardo Gorayeb, da Rodobens Negócios Imobiliários - uma das empresas com maior número de contratos no programa "Minha Casa, Minha Vida", lançado na gestão Lula. De acordo com Gorayeb, a empresa construiu 13.533 unidades do programa de 2007 a 2009 e, a partir de então, mais 23.000 unidades. "Estamos orgulhosos de termos uma participação expressiva no "Minha Casa, Minha Vida"", destacou o empresário.
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