Lula quer PAC 2 para dar fôlego a Dilma nas metrópoles

Segunda etapa do programa focará as regiões metropolitanas no Sul e Sudeste, onde oposição é mais forte

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Por Agência Estado
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O governo vai investir na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para alavancar a campanha presidencial da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, principalmente em grandes cidades. O anúncio do PAC 2, em março, coincidirá com a época em que o governador de São Paulo, José Serra, planeja assumir sua candidatura à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo PSDB. Feito sob medida para turbinar o carro-chefe da campanha de Dilma, o PAC 2 será um dos temas mais importantes da primeira reunião ministerial do ano, marcada para quinta-feira, na Granja do Torto.Lula orientará os ministros a adotar como foco de suas ações, nesta reta final do governo, as grandes cidades do País. Festejando números expressivos de popularidade nos grotões nordestinos, ele avisou que cobrará empenho da equipe para atrair os votos das regiões metropolitanas do Sul e do Sudeste, onde a oposição está na frente para o início da disputa com a petista Dilma.Na prática, o Palácio do Planalto prepara uma ofensiva de obras no Sudeste, principalmente em São Paulo e Minas Gerais - os dois maiores colégios eleitorais do Brasil, administrados por tucanos -, independentemente da liberação de recursos para o PAC 2, que só deve ser incluído no Orçamento de 2011.O guarda-chuva dessa segunda versão do PAC vai abrigar um conjunto de projetos novos e até mesmo velhos, sob nova embalagem, em transporte público, prevenção de enchentes, saneamento básico, tratamento de lixo, internet nas favelas e renovação tecnológica. São investimentos em 29 regiões metropolitanas, além da Rede Integrada de Desenvolvimento Econômico de Brasília, que englobam 463 cidades, onde vivem 79 milhões de pessoas - 43 % da população brasileira."O presidente quer que o PAC 2 tenha foco nas regiões metropolitanas e não vai permitir que as eleições ou mesmo o enfrentamento da crise mundial afetem as ações da economia e os programas sociais em 2010", afirmou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, após reunião de ontem do grupo que compõe a coordenação política do governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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