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Lula quer Marcio Pochmann candidato em Campinas

Por AE
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Com propostas de renovação do PT paulista e pressões para evitar prévias em cidades estratégicas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a moldar o partido para as eleições municipais de 2012. Depois de liderar, na capital, a campanha pela candidatura do ministro Fernando Haddad (Educação), Lula pretende emplacar o economista Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Campinas.Políticos novatos em disputas municipais passam a substituir candidatos derrotados em eleições anteriores, em um movimento de formação de novos quadros. Em Campinas, terceiro maior município do Estado, Pochmann ajudaria o PT local a superar um momento delicado.O ex-presidente teme que as denúncias de fraudes na gestão do prefeito cassado Dr. Hélio (PDT) e do atual Demétrio Vilagra (PT) frustrem as pretensões eleitorais do partido na cidade. Pochmann, técnico do Ipea e professor da Unicamp, seria apresentado como nome "anticorrupção". "Ainda não queremos discutir nomes, mas há uma simpatia muito grande pelo Pochmann", afirmou uma liderança do partido, que reconheceu a influência de Lula na indicação.O apreço do ex-presidente por candidaturas inéditas é reflexo da estratégia de renovação defendida por ele e pelo ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu. Esse pensamento norteou o lobby de Lula pelo ministro Fernando Haddad na capital paulista, em disputa com a senadora Marta Suplicy, que perdeu a última eleição municipal para Gilberto Kassab (hoje no PSD).Novatos são apostas em outras duas cidades. Em Mogi das Cruzes, o candidato petista deve ser Marco Soares, presidente da OAB local. Em Ribeirão Preto, o partido pretende lançar o juiz aposentado João Agnaldo Donizeti Gandini, que presidiu o processo que acusava o ex-ministro Antonio Palocci de fraudes em licitações quando o petista era prefeito do município.Lula também decidiu trocar um candidato derrotado por um novo nome em Santo André. O deputado Vanderlei Siraque pretendia disputar novamente o cargo de prefeito, mas foi pressionado a abrir caminho para o ex-sindicalista Carlos Grana, amigo de Lula e frequentador do Palácio da Alvorada na gestão passada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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