PUBLICIDADE

Lula, PT e aliados acertam detalhes da reforma ministerial

Nesta segunda-feira, presidente discute com PT participação do partido no governo

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai se reunir nesta segunda-feira, 12, com a Executiva Nacional do PT para discutir novamente a participação do partido em seu segundo mandato. Lula pretende retomar as negociações com os aliados nesta semana e, na quinta-feira, 15, as mudanças mais aguardadas da reforma ministerial podem ser finalmente anunciadas. Lula deu posse nesta segunda-feira, 12, ao novo ministro-chefe da Advocacia Geral da União (AGU), José Antonio Toffoli. O advogado tornou-se o primeiro ministro empossado pelo presidente em seu segundo mandato. Além dos titulares das pastas, sete outros postos possuem status de ministro - as chefias da AGU e da Controladoria-Geral da União, quatro secretarias especiais e a presidência do Banco Central. É possível que Lula defina ainda nesta segunda-feira, as mudanças que pretende fazer. Cabe ao presidente administrar a demanda do PT pela inclusão da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy no primeiro escalão do governo. Tudo indica que ela será convidada para o Ministério do Turismo. O atual titular da pasta, Walfrido Mares Guia, pode vir a assumir a coordenação política do governo, como ministro das Relações Institucionais. A idéia de Lula é colocar Tarso Genro no Ministério da Justiça, no lugar de Márcio Thomaz Bastos, que deixa o governo. Lula reforçou também a posição dos ministros das Cidades, Marcio Fortes, e da Educação, Fernando Haddad. As duas pastas são visadas pelo grupo que apóia Marta, mas a primeira está com o PP, que não aceita ceder a vaga, e a Segunda tem como titular Haddad, muito elogiado pelo presidente. Aliados O presidente reeleito do PMDB, Michel Temer, disse nesta segunda-feira que "é muito provável" que o partido ganhe quatro pastas no novo Ministério de Lula. A legenda deve aumentar sua participação no governo com o deputado Geddel Vieira Lima, que assumirá o Ministério da Integração Nacional. Devem permanecer na equipe de Lula os ministros indicados pelos senadores peemedebistas Silas Rondeau, de Minas e Energia, e Hélio Costa, das Comunicações. Na Saúde, o presidente deve colocar o ex-presidente do Instituto Nacional do Câncer, José Gomes Temporão, apadrinhado pelo governador do Rio, Sérgio Cabral. O futuro do PDT, por outro lado, tornou-se nebuloso depois que o partido votou em peso a favor da CPI do Apagão Aéreo. Antes do episódio, o presidente da legenda, Carlos Luppi, estava cotado para assumir o Ministério da Previdência, comandado atualmente pelo técnico Nelson Machado. Essa hipótese, porém, ainda não foi descartada. O PR conta com o retorno do senador Alfredo Nascimento ao Ministério dos Transportes, encerrando o período em que ele se afastou para disputar as eleições, há quase um ano. O partido deve levar também o comando do Departamento Nacional de infra-estrutura de Transportes (DNIT). Lula ainda não decidiu se aceitará a indicação do deputado petista Walter Pinheiro para o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Ele analisa outros nomes de petistas indicados pelos movimentos sociais ligados à reforma agrária. Ao longo de toda a definição de seu novo Ministério, Lula manteve fora de cogitação qualquer mudança na equipe econômica e na dupla de ministros do Planalto, Dilma Rousseff, da Casa Civil, e Luiz Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência da República. (Com informações da agência Reuters)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.