27 de abril de 2012 | 08h31
Depois de um dia de conversas com a presidente Dilma Rousseff - no qual garantiu não precisar acertar ponteiros com a sucessora porque o relacionamento de ambos é como "relógio suíço" - Lula se reuniu com Haddad em um hotel, ao lado do Palácio da Alvorada. Com cabelos e barba crescendo após o tratamento para combater um câncer na laringe, ele disse que se sente bem melhor e, por isso, só pretende tirar férias em julho.
Os próximos dois meses são definidos como "cruciais" pelo comando da campanha de Haddad. Lula entrará em campo justamente nesse período para tirar a candidatura do isolamento e costurar as alianças. Os petistas estão confiantes no apoio do PSB, do PC do B e do PR.
Lula negocia a dobradinha com o PSB - que em São Paulo é aliado do PSDB de José Serra - diretamente com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente da legenda socialista. Petistas acreditam que a deputada Luiza Erundina (PSB), ex-prefeita, seria ótima vice e faria composição perfeita com Haddad por ter trânsito na periferia e nos movimentos populares.
Ex-ministro da Educação, Haddad é a aposta do PT para quebrar as resistências ao partido na classe média, mas enfrenta dificuldades entre eleitores de baixa renda. Pesquisas internas em poder do comando da campanha mostram que ele começou a crescer, mas ainda está longe de alcançar Serra. Antes de acompanhar Lula na viagem de volta a São Paulo, nesta quinta, Haddad fez uma visita surpresa o Ministério da Educação, cumprimentou funcionários e se reuniu com o atual titular, Aloizio Mercadante. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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