02 de agosto de 2009 | 09h10
A pelo menos dois auxiliares, o presidente contou que pedirá a Mercadante mais cautela em suas ações. O raciocínio de Lula, segundo esses assessores, pode ser resumido na seguinte frase: ?Se o PT não puder ajudar, pelo menos que não atrapalhe.?
Dos 12 senadores que compõem a bancada petista, oito defendem o afastamento do presidente do Senado. Lula avalia que o PT está sendo ?ingênuo? ao cobrar a licença de Sarney, alvo de denúncias de nepotismo, desvio de recursos de uma fundação que leva seu sobrenome e uso de atos secretos para nomeação de amigos. No diagnóstico do Planalto, uma derrota de Sarney com o empurrão petista colocará em risco a governabilidade. Pior: fará o senador guardar o ódio na geladeira para dar o troco na campanha de 2010.
Lula falou com Sarney por telefone e sabe que ele tem sido pressionado pela família a renunciar. O presidente acredita, porém, que o PT precisa ajudar o PMDB a construir uma saída negociada em qualquer cenário, e não jogar combustível na crise. Nos bastidores, o nome citado como alternativa da base governista para o caso de substituição de Sarney é o do senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que tem boas relações com todos os partidos.
A bancada do PT no Senado tem reunião marcada para terça-feira, quando está prevista a primeira sessão do Conselho de Ética. Sarney é alvo de 11 ações naquele colegiado: cinco representações (duas do PSOL e três do PSDB) e seis denúncias. A tropa de choque sarneyzista, comandada pelo líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), promete revidar o ataque tucano, apontando a artilharia para o senador Arthur Virgílio (AM), que dirige a bancada do PSDB. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Encontrou algum erro? Entre em contato