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Lula pede que PT reorganize militância para defender governo

Ex-presidente participou de reunião com dirigentes estaduais e disse que petistas precisam 'levantar a cabeça'

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Por José Roberto Castro , Ricardo Galhardo e Ana Fernandes
Atualização:

SÃO PAULO - Depois de ouvir as exposições dos representantes dos 27 Diretórios Estaduais do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou nesta segunda-feira, 30, passar aos correligionários uma mensagem de ânimo. Segundo dirigentes presentes no encontro, Lula pediu que os membros do partido "levantassem a cabeça" e reorganizassem a militância petista para defender o governo. 

O presidente estadual da legenda em São Paulo, Emídio de Souza, disse que Lula vai "viajar o País". "Ele pediu para a gente levantar a cabeça e seguir em frente. Temos história", disse. O ex-presidente foi classificado como "esperançoso" com o quadro. De acordo com outro dirigente presente na reunião, uma das preocupações do ex-presidente era que o PT cuidasse melhor da base social do partido. "Ele pediu para militar, buscar nos Estados e municípios o apoio. Pediu para cuidarmos da base social do partido, que é quem votou na gente."

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na reunião do PT em São Paulo Foto: Gabriela Bilo

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Durante a reunião de mais de quatro horas, todos os dirigentes presentes na sala ficaram sem seus celulares. Todos os aparelhos foram confiscados na entrada. Os dirigentes descolavam as etiquetas com os nomes de cada um do verso do aparelho enquanto deixavam o hotel na zona sul de São Paulo onde aconteceu a reunião.

Insatisfação. Enquanto a maioria dos petistas ouvidos pelo Broadcast Político demonstrava contentamento com o resultado da reunião e do documento votado em seguida, o petista Markus Sokol, líder da corrente de extrema esquerda O Trabalho, criticava o resultado do encontro e dizia que "esperava mais".

Sokol disse que esperava um posicionamento claro do partido frente ao governo, contrário às medidas de ajuste fiscal. "O manifesto é forte, mas o que propõe?", questionou antes de completar: "É a situação que é forte, não o manifesto".

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