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Lula participará de seminário contra pobreza. Por vídeo-conferência

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve participar na próxima segunda-feira, através de vídeo-conferência, do seminário "Fazendo com que a globalização beneficie a todos", que será promovido pelo Departamento do Tesouro britânico em Londres. O encontro reunirá cerca de duzentos convidados, entre eles o chanceler Gordon Brown, responsável pela economia britânica, além do presidente do Banco Mundial, James Wolfensohn, e diretores de organizações não-governamentais ligadas ao cobate à miséria no mundo, como a Oxfam e Cafod. A palestra de Lula será realizada durante o painel "Ajuda eficaz - apoiando países que promovem reformas". Segundo o embaixador brasileiro em Londres, José Maurício Bustani, Brown tem mostrando um grande interesse na proposta de Lula de criação de um fundo internacional para o combate à fome e miséria. Os dois já haviam conversado sobre o tema durante a participação de Lula no Forum Econômico Mundial de Davos no ano passado. O chanceler britânico, considerado o provável sucessor de Blair na liderança do partido trabalhista britânico, apresentou no início do ano passado uma proposta de criação de um mecanismo de financiamento internacional (International Finance Facility, IFF) cujo objetivo é o de dobrar o volume de ajuda financeira oferecido pelos países ricos às nações pobres. Brown acredita que o IFF poderá ajudar no cumprimento das ´Metas de Desenvolvimento do Milênio´, que prevêm que até 2015 todas as crianças do mundo tenham acesso a educação, que a mortalidade infantil seja reduzida em dois terços e a mortalidade maternal decline 50% e que a miséria seja cortada em 50%. O príncipio básico do IFF é a concessão de empréstimos condicionais de longo prazo aos países mais pobres. Para a obtenção desses recursos, os governos das nações pobres teriam que dar sinais concretos de implementação de reformas econômicas e sociais. Além dos fluxos anuais de contribuições dos países ricos, o IFF seria também financiado com recursos dos mercados de capitais interncionais. A meta é elevar os atuais US$ 50 bilhões anuais em ajuda aos países pobres para US$ 100 bilhões por ano até 2015. A IFF teria uma duração de cerca de 15 anos, e o período de pagamento da dívida pelos países pobres se estenderia por trinta anos.

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