Lula ocupará 18 dos 20 minutos do PT na televisão hoje

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será a estrela do programa do PT que será exibido hoje em cadeia nacional de rádio e televisão. Lula e seus 141 dias de governo tomarão praticamente todo o tempo reservado ao PT pela legislação eleitoral. Ele estará no ar por cerca de 18 dos 20 minutos semestrais gratuitos a que seu partido tem direito. Como se trata do primeiro programa do PT depois da eleição presidencial, a direção do partido decidiu entregar todo o tempo de que dispõe no rádio e na TV a seu mais ilustre filiado. O presidente nacional da legenda, José Genoino, só entrará no ar para introduzir Lula à cena, passando-lhe a palavra. "Nosso programa será exclusivamente com o presidente Lula. É ele quem vai se dirigir ao partido, falar para os nossos militantes e para o povo brasileiro de maneira geral", resume. "A palavra está com o fundador do PT que chegou à presidência", completa Genoino. A fala presidencial ocorre um dia depois de o Conselho de Política Monetária (Copom) decidir manter em 26,5% a taxa de juros básica da economia, o que gerou fartos protestos por parte de empresários e políticos de vários partidos, inclusive do PT. O deputado Chico Alencar (PT-RJ), por exemplo, chegou a anunciar ontem que os descontentes do PT irão organizar um movimento pela nova política econômica, uma vez que a "elevadíssima taxa de juros só serve ao mercado financeiro". Alencar classificou a atuação do Banco Central como "continuísta e monetarista". O vice-presidente da República, José Alencar, que um dia antes havia chamado o Banco Central de ?incompetente?, voltou a criticar os juros altos. O presidente Lula não fará qualquer menção a rebeldes ou descontentes do PT ou de qualquer outro partido da base aliada, mas fará a defesa da política econômica de seu governo. "Ele vai falar do que está ocorrendo no País", diz Genoino. E não perderá a oportunidade de fazer uma ampla defesa das propostas de reforma tributária e previdenciária enviadas ao Congresso. Tudo, na tentativa de ganhar a opinião pública em favor das reformas para reduzir a barganha do voto dos parlamentares no Congresso.

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