PUBLICIDADE

Lula negocia com Suécia corte de imposto sobre etanol

Por ADAM COX
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira estar convencido de que os negociadores da rodada de Doha podem chegar a um acordo de livre comércio, mesmo que não seja o ideal, e afirmou que o Brasil e a Suécia querem estimular a União Européia a abolir taxas de importação do etanol. A Suécia anunciou uma proposta de abolir uma sobretaxa de importação do etanol brasileiro até 2009. A eliminação da taxa, equivalente a entre O,75 e 1,50 dólar por litro adotada em 2006, depende de aprovação da Comissão Européia, disse um representante do governo sueco. Na primeira visita de um chefe de Estado brasileiro à Suécia, Lula afirmou também que o governo está trabalhando para ter certeza de que não haverá superaquecimento da economia do país. Em coletiva de imprensa na capital sueca, escala da visita pelos países nórdicos, Lula disse que o governo quer assegurar que a economia brasileira continue a crescer "tranquilamente" e a se desenvolver bem, como tem acontecido. "Nós estaremos trabalhando para que não haja superaquecimento da economia. Nós não queremos isso, mas também não queremos esfriá-la", disse Lula, reafirmando a necessidade de cuidados com as pressões inflacionárias. A economia brasileira está aquecida pelo crescimento do emprego e melhores salários, que têm levado a um aumento do consumo. Semana passada, Lula advertiu que o esforço pelo crescimento não significa que o Brasil possa "baixar a guarda" contra a inflação. O crescimento do Brasil tem sido mais fraco que o dos outros BRICs --Rússia, Índia e China. Os dados mais recentes apontam crescimento anualizado de 11,9 por cento na China e de 9,3 por cento na Índia. Já a Rússia cresceu 7,8 por cento no segundo trimestre frente a igual período do ano passado. O Brasil divulga o PIB do segundo trimestre na quarta-feira. Analistas ouvidos pela Reuters estimam expansão trimestral de 5,8 por cento em relação a 2006. (Colaboraram Anna Ringstrom e Johan Sennero)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.