Lula nega conversa com Dilma sobre mudanças em regras de benefícios trabalhistas

Ex-presidente diz não ter tratado de alterações em medidas provisórias que integram plano de ajuste fiscal do governo

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:
"O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi comunicado ou conversou com a presidenta Dilma Rousseff sobre alterações nas medidas provisórias 664 e 665", afirma em nota. Foto: Gabriela Bilo/Estadão

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou, por meio de nota, que tenha conversado com a presidente Dilma Rousseff sobre alterações nas medidas provisórias que restringem a concessão de benefícios trabalhistas. Conforme mostrou o Estado, nesta terça-feira, 24, a petista comunicou o antecessor e dirigentes do PT que está disposta a rever as novas regras.

PUBLICIDADE

As medidas integram o ajuste fiscal proposto pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Dilma não detalhou quais pontos seriam alterados, mas a sinalização foi entendida como uma tentativa de reconstruir pontes com antecessor e com o partido, diante da queda de popularidade de seu governo.

"O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi comunicado ou conversou com a presidenta Dilma Rousseff sobre alterações nas medidas provisórias 664 e 665", diz a nota.

As medidas provisórias restringem, respectivamente, o recebimento da pensão por morte e auxílio-doença, e a concessão do seguro-desemprego, do abono salarial e do seguro-defeso para pescadores artesanais. Se mantidas como estão, as MPs renderiam uma economia de R$ 18 bilhões ao ano para o governo.

As propostas são apontadas pelo PT como o principal motivo de desgaste da presidente neste início de segundo mandato, maior até do que as denúncias de corrupção na Petrobrás reveladas pela Operação Lava Jato.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.