PUBLICIDADE

Lula não irá à missa do trabalhador em São Bernardo

Ministro da Previdência, Luís Marinho, irá representar o presidente na cerimônia

Por Agencia Estado
Atualização:

Pela primeira vez, desde que tomou posse na presidência da República, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não participará da missa do trabalhador, neste 1º de maio, na Igreja Nossa Senhor da Boa Viagem, em São Bernardo do Campo. Lula pediu ao ministro da Previdência, Luis Marinho, para representá-lo na celebração. Lula disse, segundo assessores, que resolveu não se deslocar para o ABC paulista porque a família passa o feriado em Brasília. A primeira participação de Lula na missa de São Bernardo foi em 1976, na época em que comandava o Sindicato dos Metalúrgicos. Em 1980, ele não compareceu à missa porque estava preso no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). Nos últimos anos, o presidente aproveitou a missa para fazer promessas de governo para as mais de mil pessoas que costumam lotar a igreja. Em 2005, ele teve de ouvir um longo sermão do bispo de Santo André, dom Nelson Westrupp, contra o desemprego, "causa de muitos males sociais e morais". Importância do salário Em entrevista ao programa de rádio Café com o Presidente, divulgado na manhã desta segunda-feira, 30, pela Radiobrás, Lula destacou a importância para o trabalhador do reajuste do salário mínimo, que agora é de R$ 380. O presidente avaliou que o poder de compra do mínimo dobrou desde que ele assumiu o Planalto, em janeiro de 2003. "Obviamente que o salário mínimo sempre é pouco porque é mínimo", disse. "Ele é pouco no Brasil e é pouco no mundo inteiro", completou. "Mas estamos reajustando o mínimo sempre acima da inflação." O presidente ressaltou também que 86% dos trabalhadores ganharam aumento de salário acima da inflação nos últimos dois anos. "Coisa rara no mundo do trabalho, porque durante muito tempo fui dirigente sindical e quando conseguíamos chegar perto da inflação, já era uma grande conquista", disse. "Hoje, os trabalhadores estão tendo um ganho maior." Texto alterado às 20h39 para acréscimo de informações

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.