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Mantega admite erros e diz que não integraria outro governo Lula

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega argumentou que os 12 anos em que fez parte das gestões federais do PT foram suficientes

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Por Redação
Atualização:

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega admitiu nesta segunda-feira, 31, ter cometido erros na condução da política econômica nos governos petistas e descartou a possibilidade de integrar uma eventual nova gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato ao Planalto. “Fiquei no governo por 12 anos seguidos. Já dei a minha parte”, afirmou. 

Mantega chefiou a extinta pasta da Fazenda de 2006 a 2015. Ele citou como exemplo negativo de seu trabalho a intervenção do governo no setor de energia para reduzir a tarifa da eletricidade, medida adotada no primeiro mandato de Dilma Rousseff. “Isso não funcionou. Acho que cometemos um erro lá”, disse em entrevista à Bloomberg.

O ex-ministro da FazendaGuido Mantega disse que não retornaria ao Executivo em uma nova administração do PT. Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

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As declarações do ex-titular se somam a outros integrantes de governos anteriores do PT que negam participação em um eventual novo mandato. O ex-ministro José Dirceu, que esteve à frente da Casa Civil entre 2003 e 2005, também descartou a intenção de retornar ao Executivo federal se o líder petista for eleito. Envolvido em escândalos de corrupção, ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do mensalão e denunciado por lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. 

A ex-presidente Dilma é outro nome que não estará em um eventual novo governo, segundo Lula. Em entrevista recente à Rádio CBN Vale, ele afirmou que pretende montar um governo com “muita gente nova”, em vez de reeditar os quadros de seus antigos mandatos. O líder descreveu Dilma como alguém que “peca ao não ter o ‘jogo de cintura’ necessário para lidar com a política”. A ex-presidente tem seu papel questionado na campanha deste ano, sobretudo depois de sua ausência no jantar do grupo Prerrogativas que reuniu o ex-presidente e Geraldo Alckmin, cotado para vice na chapa petista, em dezembro de 2021.

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