02 de novembro de 2010 | 08h52
Lula se tornará, agora, cabo eleitoral de Dilma no cenário externo, apresentando-a como sua sucessora em todas as viagens multilaterais que vai fazer até o fim de seu mandato. Ele já havia combinado isso com Dilma e reiterou o convite na noite de domingo, no Palácio da Alvorada, durante a festa da vitória.
A primeira delas será a Moçambique, na África, que será apenas uma escala para a viagem a Seul, na Coreia do Sul, onde, nos dias 11 e 12 de novembro, Lula participará da reunião do G-20, que reúne os 20 países mais ricos do mundo.
O reforço do convite a Dilma para acompanhá-lo a Moçambique faz parte da estratégia de Lula, que quer que a futura presidente dê continuidade à consolidação das estreitas ligações que tem construído e mantido ao longo de seus oito anos com os países africanos. Depois que deixar o Planalto, uma das atribuições do presidente Lula, conforme já ressaltou, será continuar atuando de forma efetiva para ajudar esses países.
Na noite do dia dez, Lula e Dilma, pelo calendário preestabelecido, embarcam para Seul, para a reunião do G-20. Embora a nova presidente já conheça alguns dos chefes de Estado dos principais países do mundo, Lula quer ciceroneá-la e usar o seu prestígio para inserir a sua sucessora, garantindo o espaço que o Brasil ocupou nestes últimos anos.
Dilma deverá acompanhar Lula ainda em duas outras viagens multilaterais: dia 25 de novembro a Georgetown, capital da Guiana, na reunião da Unasul, e dias 17 e 18 de dezembro, na reunião do Mercosul, em Foz do Iguaçu. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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