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Lula ignora protestos da viúva de Toninho do PT

Viúva cobra promessa de Lula de que governo federal assumiria a investigação do crime. Na sua passagem por Campinas, presidente promete que os números do emprego vão melhorar.

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ignorou os protestos da viúva do ex-prefeito de Campinas, Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, e também suas promessas feitas durante a campanha de que o governo federal iria assumir as investigações do assassinato, ocorrido no dia 10 de setembro de 2001. Durante o seu discurso na inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto do Córrego Piçarrão, Lula citou Toninho apenas uma vez e somente para lembrar que sua sucessora, a atual prefeita Izalene Tiene, assumiu o governo após um crime bárbaro e que ela foi vítima de injustiça por ser mulher. O presidente admitiu ainda a existência de divergências dentro do seu partido, como ocorre na própria cidade de Campinas, na qual a sigla está dividida ? há a ala do ex-prefeito morto e outra da atual prefeita. "Sei como é difícil governar quando há incompreensão dentro da casa da gente. Sei que os seus sucessores, Izalene, irão dar continuidade ao que você tem feito pela cidade" Lula fez campanha para o deputado federal Luciano Zica (PT-SP), candidato a prefeito pelo partido em Campinas e que estava proibido, pela legislação eleitoral, de aparecer na inauguração. "Pena que, por questões políticas, o companheiro Zica não possa estar no palanque, mas não posso deixar de agradecer a ele e aos outros deputados que estão fazendo um momento novo na história do Brasil" O presidente, que estava acompanhado dos ministros Ricardo Berzoini (Trabalho), Olívio Dutra (Cidades), Marina Silva (Meio Ambiente) e do presidente da Câmara, João Paulo Cunha, seguiu depois para uma visita à fábrica da Samsung; ele encerrará sua visita em um almoço com empresários e políticos na comemoração do aniversário de 230 anos de Campinas. Números melhores sobre emprego O presidente prometeu para a próxima segunda-feira novos números sobre o aumento do nível emprego com carteira assinada no País. Segundo Lula, os números serão melhores do que os 830 mil novos empregos criados no primeiro semestre deste ano, E admitiu que o total gerado até agora é "pouco". "É lógico que é pouco, mas é o maior número desde 1992." Lula voltou a repetir que pode não criar o número de empregos prometidos em sua campanha, bem como terá dificuldades de cumprir as metas previstas para o seu governo. No entanto, destacou: "Se eu não fizer tudo o que eu quero, eu com certeza vou fazer tudo o que eu posso." O presidente voltou a afirmar ainda que o seu governo não se contentará com um simples crescimento econômico pontual e que deseja um crescimento sustentável e duradouro. "As coisas vão mudar, mas é preciso paciência e persistência. O que foi feito ao longo de décadas não pode ser feito ao longo de dias", comentou.

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