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Lula garante que não é contra globalização

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, disse há pouco que não é contra a globalização da economia, embora faça críticas pontuais e defenda mudanças. A afirmação, que vai contra o lema anti-globalização e anti-neoliberalismo do Fórum Mundial Social, não frustrou as quase mil pessoas que acompanharam o discurso de Lula. Ao terminar uma exposição de mais de 20 minutos, o petista foi ovacionado de pé pelo auditório, que gritou slogans defendendo sua candidatura à Presidência da República em 2002. Ao defender a globalização, Lula afirmou que o processo não é novo no mundo. Para ele, o fundamental é que o Estado defenda os interesses da sociedade, não as forças econômicas. Lula se disse partidário de um Estado cidadão que assegure os direitos básicos da sociedade. "Somente um Estado democrático, onde a sociedade participe das decisões, é que pode garantir a justiça social", disse o presidente de honra do PT. Segundo ele, as experiências administrativas de Porto Alegre e do governo do Rio Grande do Sul são demonstrações exemplares de como o Estado pode respeitar os interesses dos cidadãos. Lula fez uma critica ao processo de privatização brasileiro, dizendo: "no nosso País, se continuar no ritmo que está, até o zoológico vai ser privatizado". De acordo com ele os países desenvolvidos que defendem a necessidade de privatizações na América Latina não fazem o mesmo em casa. Lula disse que os governos europeus privatizaram muito pouco. "Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço" afirmou Lula, referindo-se ao que se considera o lema dos desenvolvidos. Ao elogiar a organização do Fórum Social Mundial, Lula disse que o encontro "é tão grande que até o presidente brasileiro ficou incomodado e falou mal". Foi uma referência à troca de críticas entre o presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador gaúcho Olívio Dutra, na última terça-feira, sobre o evento que foi aberto ontem em Porto Alegre.

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