
18 de outubro de 2010 | 19h39
No lançamento do programa da Petrobras - que investirá R$ 265 milhões até 2014 para estimular o esporte olímpico e incentivar projetos com foco em atividades educacionais esportivas -, estiveram presentes os atletas Ana Mozer, Paula e Sócrates, dentre outros, além do jornalista José Trajano. Eles colaboraram na elaboração do projeto da estatal.
Embora Lula não tenha falado, quem roubou a cena foi o Ministro dos Esportes, Orlando Silva, que cometeu uma gafe envolvendo diretamente o presidente e o senador Aloizio Mercadante (PT). Em seu discurso, Silva fez referência ao atleta Diogo Silva, que conquistou a medalha de ouro para o País no tae kwon do no Pan-Americano 2007 no Rio de Janeiro. O atleta estava na cerimônia no teatro da TV Gazeta com o cabelo raspado, diferentemente do visual exibido em 2007, com dread no cabelo (o popular rastafari). O ministro disse que, por este motivo, muitos não o reconheceriam e alertou que "amanhã o atleta se apresentará ao Exército e também perderá a barba e o bigode. Porque lá é lugar de gente séria e bigode e barba não pode."
O ministro só percebeu a gafe quando o presidente Lula colocou a mão na própria barba e Mercadante no bigode. Neste momento, as cerca de 200 pessoas presentes à cerimônia começaram a rir. E Orlando Silva se corrigiu, mas sem esquecer a ironia, desta vez numa referência indireta ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: "Como alguém já falou no Brasil, ''esqueçam o que escrevi'' peço que esqueçam o que eu disse." Ao encerrar seu discurso, foi cumprimentar Lula e não escondeu o constrangimento. Lula riu e abraçou o ministro.
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse no evento que o objetivo do programa não é apenas obter medalhas, mas melhorar o desempenho de todos os envolvidos. O projeto deve atingir 8 mil estudantes e centenas de atletas. O presidente da Confederação Brasileira de Halterofilismo, Ricardo Calmon, foi outro que não resistiu aos afagos ao presidente Lula. Ele afirmou que era fácil iniciar um governo com 80% de aprovação da população, mas era difícil sair dele com o mesmo índice. "Um homem assim não merece um adeus, merece muito mais um até logo."
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