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Lula faz críticas ao "denuncismo" da imprensa

Por Agencia Estado
Atualização:

Ao participar esta manhã da posse do novo diretor-geral da Agência Brasileira de Informações (Abin), Mauro Marcelo Lima e Silva, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o que chamou de "denuncismo", por parte da imprensa, e o vazamento de informações dentro do governo. Lula disse que muitas vezes no Brasil personalidades públicas são difamadas pela imprensa com informações precipitadas, e têm o nome achincalhado. "Depois não se prova e ninguém pede desculpas pelo estrago à imagem da pessoa, da família, ou do Estado brasileiro", disse o presidente. Para ele, o denuncismo não contribui para a democracia. "Uma denúncia só pode ser tornada pública quando estiver embasada em fatos verdadeiros e totalmente comprovados. Senão passa a ser difamação", afirmou. Para o presidente, um agente da Abin precisa ser apartidário e não ter ideologia no exercício de suas funções. "Um agente da Abin precisa usar as informações a serviço do Estado e não como um degrau para subir na carreira", disse o presidente, ao fez uma crítica velada à denúncia de que existiam espiões no Palácio do Planalto, que agiriam em conjunto com agentes da Abin, para investigar o chefe da Casa Civil, José Dirceu, e a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. Lula disse ainda esperar que a imagem da Abin se consolide como uma instituição respeitada "sem a desconfiança que muitas vezes gera nas pessoas". Ainda durante a solenidade, o presidente afirmou que passou grande parte de sua vida preocupado de como iria viver com os militares. "Toda vez que eu estava perto de ganhar uma eleição me diziam: eles não vão deixar", afirmou. Ao lado do chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix, Lula disse que mantém um relacionamento muito bom com os militares. "Tenho consciência da dedicação e do patriotismo que vocês têm com o País", observou. O presidente chamou ainda o general Félix de "companheiro", e disse ser "uma espécie de paizão".

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