03 de novembro de 2010 | 12h20
Entre os três citados estavam o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Mantega e Meirelles têm encontro marcado com Lula hoje à tarde. "Ex-presidente não indica. Sugere quando é solicitado", afirmou.
Lula acabou se estendendo e respondendo perguntas sobre economia, política e negociação com o Congresso. O tema principal da transição para o governo de Dilma é a questão cambial. Lula disse que o que há de coincidência entre Dilma e ele em relação ao câmbio é "que os dois defendem o câmbio flutuante".
Lula, mais uma vez, criticou a política dos países de proteção a suas próprias moedas, impondo aos outros países uma sobrevalorização das moedas locais. Pela primeira vez, ele citou os Estados Unidos e a China como responsáveis pela volatilidade do câmbio no mercado internacional. "Os Estados Unidos e a China estão fazendo a guerra cambial", afirmou. Os Estados Unidos, "por tentar resolver seus problemas internos", e a China, para não perder competitividade internacional.
Nesse período de transição, segundo Lula, o governo "fará o que for possível" para que Dilma assuma o governo com tranquilidade e sem sobressaltos. A estratégia é garantir um início de governo com as medidas a fim de garantir o crédito de longo prazo às empresas. Enquanto isso, Mantega e Meirelles acompanharão o mercado de câmbio para impedir que o real se mantenha sobrevalorizado.
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