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Lula encontrará Aécio e Serra no início de dezembro

Segundo Tarso Genro, que fez elogios aos governadores eleitos de MG e de SP, presidente deve encontrar os dois na primeira quinzena, mas data não foi marcada

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá encontrar os tucanos Aécio Neves, governador reeleito de Minas Gerais, e José Serra, governador eleito de São Paulo, na primeira quinzena de dezembro. Segundo ele, a data exata do encontro ainda não foi fechada. Em entrevista coletiva, Tarso fez vários elogios a Aécio e Serra. "O governador Aécio é um parceiro de diálogo do presidente há muito tempo. O governador Serra também". O ministro lembrou que nos últimos quatro anos a disputa política foi muito dura. "Tanto governo quanto oposição tiveram distintos comportamentos à vezes mais duros, até mais fortes e mais raivosos", afirmou, avaliando como natural esse procedimento. Disse, porém, que Aécio e Serra podem ser considerados entre os políticos que mantiveram o equilíbrio e tranqüilidade na conduta republicana. "O diálogo vai ser importante não só para o País mas para os dois e para a estabilidade política do governo. Participação popular Tarso afirmou ainda que a democracia está ameaçada pelo sistema financeiro e que uma forma de combater o problema é garantir mais participação popular. "O Estado democrático de direito enfrenta uma crise em todo o mundo. Está imobilizado pela força normativa que tem o capital financeiro." "Hoje há um deslocamento de poder em escala global do capital produtivo, chamado de capital industrial nas velhas épocas, para o capital financeiro. E através de grandes organismos internacionais, como o FMI, dita políticas e tutela muitos países. Portanto, isso constrange o próprio funcionamento dos Estados e constrange a democracia", disse. "São instituições importantes no processo de desenvolvimento e têm uma função estratégica no desenvolvimento. Uma coisa é um sistema bancário em qualquer País viver, por exemplo, da dívida pública e não do financiamento da produção. Esta é uma questão chave que tem que mudar e aqui no Brasil está sendo mudada progressivamente."

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