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Lula e ministros vão ao casamento da filha de Dilma Rousseff

Polêmica do dossiê pairou na festa, mas convidados mostraram solidariedade à ministra, que estava toda de azul

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Foto do author Vera Rosa
Por Vera Rosa , Elder Ogliari , Wálmaro Paz e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

A polêmica do vazamento de informações com dados sigilosos do governo Fernando Henrique pairou na noite desta sexta-feira, 18, sobre a festa de casamento, em Porto Alegre, da advogada Paula Araújo Rousseff, filha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, com o administrador de empresas Rafael Covolo. Paula é filha única da ministra e do ex-deputado estadual Carlos Paixão Araújo.   Para prestigiar Dilma - alvo de tiroteio da oposição, que a acusa de ter montado um dossiê na Casa Civil - o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nove ministros e nove governadores compareceram à cerimônia na Igreja São José.   No ambiente descontraído da festa para 600 convidados, na Associação Leopoldina Juvenil, o comentário mais freqüente era mesmo o dossiê. Muitos convidados fizeram questão de mostrar solidariedade a Dilma que, apesar da turbulência política, ainda é a preferida de Lula para a sucessão presidencial de 2010. Sem óculos, de longo azul, ela agradecia o carinho dos amigos. "Hoje é um dia de muita felicidade", afirmava.   A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), era uma das maiores defensoras da ministra. "Se a oposição ataca e coloca Dilma em evidência, nós, os amigos, estamos aqui para participar de um momento especial de sua família e vamos defendê-la", dizia Ideli. O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou que aquele era o dia de abraçar a amiga. "Todo o Brasil sabe o papel estratégico que ela desempenha para o desenvolvimento do País."   Lula assistiu apenas à cerimônia religiosa. Não foi à festa porque embarcou para Acra (Gana). O presidente não quis conversar com os jornalistas. "Deixa eu assistir o casamento primeiro", disse, ao chegar à igreja. Mas assim que a comitiva do presidente chegou, às 20h25, os portões foram fechados, provocando protestos do público, que vaiou Lula e, de quebra, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius.   Uma hora e meia antes do casamento, dois humoristas do programa Pânico na Tevê, da Rede TV, um imitando Lula e outro a primeira-dama Marisa Letícia, animavam convidados e curiosos na frente da igreja, fazendo piadas sobre os cartões corporativos.   Os convidados contribuíram com a lua-de-mel dos noivos, no Taiti, comprando cotas de viagem para custear passagens e estada.   O comandante do policiamento da capital, coronel Jarbas Vanin, colocou 300 homens da Brigada Militar para fazer a segurança. Com o mesmo número de homens que são destacados para o clássico GreNal (Grêmio x Internacional), o contingente reforçado foi motivado pela presença de Lula e outras autoridades do governo, segundo Vanin.   A cerimônia reuniu os ministros Guido Mantega (Fazenda), Franklin Martins (Comunicação Social), Marta Suplicy (Turismo), Tarso Genro (Justiça), Paulo Bernardo (Planejamento), Edison Lobão (Minas e Energia), José Múcio Monteiro (Relações Institucionais), Nilcéa Freire (Secretaria Especial para Mulheres) e Celso Amorim (Relações Exteriores).   Marcaram presença, ainda, Jaques Wagner (Bahia), Eduardo Campos (Pernambuco), Marcelo Déda (Sergipe), Wellington Dias (Piauí), Eduardo Braga (Amazonas), Ana Júlia Carepa (Pará) e Roberto Requião (Paraná), além do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do senador José Sarney (PMDB-AP).

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