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Lula e governador tucano trocam gentilezas

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, foi recebido hoje pelo governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), como se os dois fossem de partidos aliados. A troca de cortesias foi tanta que Lula saiu de Goiânia com a certeza de que, caso o PSDB não chegue ao segundo turno na eleição presidencial, Perillo subiria no palanque dele. "Já votei no Lula uma vez", disse Perillo. "É uma figura política que eu admiro." Lula rendeu-se aos afagos do governador tucano e até brincou com o governador do Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, durante um telefonema: "Se você deu uma pena de pássaro para o Fernando Henrique, o Marconi deu-me o passarinho inteiro", contou aos jornalistas. A boa relação com o governador goiano foi analisada por Lula como parte da política de conciliação do PT, que, mesmo sendo uma legenda de oposição, tem se aproximado de todas as siglas, independente de ser governo ou não. Segundo ele, independe dos partidos estarem juntos num palanque eleitoral. "É preciso a união entre eles para a melhoria do País." Sobre a campanha para a sucessão presidencial em 2002, Lula afirmou que, apesar de ser apontado em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de votos para a presidente, ainda não se lançou candidato. "Se ainda não confirmei minha candidatura e estou na frente nessa disputa, segundo as pesquisas, então vou continuar assim. Quem sabe, se eu me afirmar candidato, eu caia nas pesquisas; não posso correr esse risco", afirmou. Lula almoçou no Palácio das Esmeraldas com Perillo e com o prefeito de Goiânia, Pedro Wilson (PT). À tarde, recebeu o título de Cidadão Goiano, oferecido pela Assembléia Legislativa. Em Goiânia, Lula participou de um seminário sobre habitação, apresentando o Projeto Moradia, do Instituto Cidadania, uma organização não-governamental (ONG) presidida por ele e que trabalha na elaboração de políticas públicas. O encontro reuniu militantes petistas, políticos da agremiação, Wilson e Perillo, além de vários secretários de Estado.

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