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Lula e Evo evitam falar da crise

Os presidentes do Brasil e da Bolívia desviam de assunto quando a questão é a crise do gás

Por Agencia Estado
Atualização:

Em lugares diferentes, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Evo Morales evitaram mencionar o conflito entre Brasil e Bolívia, que foi aprofundado na quinta-feira pelas acusações do líder boliviano de que a Petrobras sonega impostos e é contrabandista. No Imperial Hotel, onde está hospedado, Lula primeiro disse que era "muito cedo" (pouco mais de 3h30, no Brasil) para fazer qualquer declaração. Depois, diante da insistência dos repórteres se ia procurar Morales para pedir explicações para as duras afirmações do dia anterior, Lula escapuliu: "Vou estar no mesmo espaço geográfico que ele". E completou salientando que terá um dia inteiro de reuniões na 4ª Reunião de Cúpula União Européia-América Latina/Caribe, além de participar de três encontros bilaterais, prometendo falar ao final do dia com a imprensa brasileira. No hotel Hilton, o presidente Evo Morales limitou-se a dar declarações tranqüilizadoras sobre os impasses acumulados entre Bolívia e Chile pouco antes de reunir-se com a nova presidente chilena, Michelle Bachelet. Mas evitou qualquer menção ao conflito com o Brasil. Os dois presidentes ouviram nesta manhã de sexta-feira (horário local) o discurso do secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, na sessão de aberta da 4ª Cúpula de Viena. Nesta sexta-feira de manhã, ainda no hotel Imperial, o presidente Lula tomou café com a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, com quem pretendia tratar das negociações da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio. O presidente Lula deverá discursar ainda hoje no encontro de presidentes em Viena.

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