O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveita a viagem que fará nesta quinta-feira, 11, ao semiárido nordestino como laboratório para avaliar, no seu tradicional reduto eleitoral, a performance da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Com a "mãe" do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a tiracolo, ele sobrevoa um trecho das obras da ferrovia Transnordestina, incluídas no PAC, em Salgueiro, no sertão pernambucano. Veja também: Corrida para 2010 já começou? Veja como foi a viagem de Dilma a Pernambuco 'Deixa a vida me levar', afirma Dilma na festa do PT Repasse do governo a cidades subiu no período eleitoral O balanço do PAC Em seu primeiro compromisso, sobe em um palco armado na Praça da Matriz de Salgueiro, onde deve apresentar a ministra ao eleitorado local. Por volta de 15 horas, Lula e Dilma sobrevoam as obras da BR-101, também incluídas no PAC, no Recife. Na sexta, o presidente visita projeto de criação de peixes no porto da capital e, no início da tarde, vai a Ceará-Mirim, no Rio Grande do Norte, onde lança uma linha de microcrédito do Banco do Brasil. Dilma não o acompanha na viagem ao Rio Grande do Norte. Assessores do governo avaliam que o comportamento "firme" de Dilma não será recebido como prepotência ou distância pelo eleitorado do semiárido, mas como o de uma "mãe" exigente e austera. O ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, um dos assessores do presidente que mais conhecem o eleitorado nordestino, diz que, apesar da falta de experiência nas urnas, Dilma vai surpreender na região. Múcio avalia que os novos tempos no semiárido acabaram com a história de que os "machões" só votam em homens. "Ela é o rosto do trabalho. O nordestino é apaixonado por pessoas assim", afirma.