Dilma Rousseff diz que é produto do governo Lula e não da mídia
Sem citar o nome, Lula questionou a subprocuradora-geral da República, Sandra Cureau, que ameaça entrar com uma ação de investigação eleitoral contra ele pelo fato de o presidente ter citado Dilma nesta semana em dois eventos oficiais do governo. "O que eles querem é me inibir para eu fingir que não conheço a companheira Dilma. É como se eu pudesse passar perto dela, e tem uma procuradora qualquer aí, e eu passar de costas viradas e fingir que não a conheço", disse.
"Eu não sou um homem de duas caras. Eu passo perto dela e digo pra vocês. É a minha companheira Dilma, que foi chefe da Casa Civil e que está preparada para presidir", afirmou Lula. O palanque montado em frente à Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro reuniu ministros de Estado, parlamentares, candidatos, presidentes de estatais, além do governador fluminense, Sérgio Cabral, do prefeito do Rio, Eduardo Paes, e do candidato a vice na chapa de Dilma, Michel Temer.
O comício, que durou cerca de 1h15, foi precedido por uma passeata que saiu da Candelária até a Cinelândia e, segundo a Polícia Militar, reuniu entre 10 e 15 mil pessoas, abaixo da expectativa de 50 mil feita anteriormente. Dilma lembrou sua participação no governo Lula como ministra de Estado em um discurso sem empolgar o público, espantado por uma forte chuva e o frio. Ela afirmou que seu compromisso é dar continuidade ao governo do presidente Lula. "Eu não posso errar também porque carrego o legado sagrado da transformação e da esperança desse País que levantou a cabeça e agora pode olhar para todos".