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Lula diz que não tem cara de rico e sim do povo sofrido

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a dar hoje uma indicação de que pretende se candidatar à reeleição, durante discurso no município de Queimados, no Rio, onde foi liberar recursos para retomar a construção das obras de um hospital que estão paradas há 13 anos. "Estejam certos de que eu quero vir aqui participar da inauguração deste hospital", disse. De acordo com o prefeito de Queimados, Rogério do Salão (PL), o hospital ficará pronto entre um ano e meio e dois anos, a contar de maio de 2006, quando ele quer iniciar as obras. Com um discurso bem ao estilo populista, Lula disse que os preços de alimentos baixaram e tentou se identificar com as pessoas que estavam presentes. "Esta é minha gente, porque é minha cara. Minha cara não é a cara da zona sul (do Rio) e não é da Avenida Paulista. É a cara do povo sofrido deste País, que clama por Justiça". Num outro momento, disse que seu sangue é o de um retirante nordestino. Ele afirmou ainda que "a gente que não está gostando da gente estar aqui é a mesma gente que deixou esse esqueleto (do Hospital Geral de Queimados), há vinte anos paralisado". Lula voltou a lembra que o Brasil pagou sua dívida com Fundo Monetário Internacional (FMI) e foi muito aplaudido e interrompido com gritos de "Brasil para Frente, Lula presidente". Lula foi saudado com gritos de "ão-ão-ão, queremos reeleição". De acordo com ele, existem pessoas "que vão dizer que esse ato de Queimados é campanha eleitoral". Lula argumentou que se ele não fizesse o evento "era campanha eleitoral para eles; se eu faço é campanha eleitoral para mim". E concluiu: "entre fazer para eles e para nós, melhor fazer para nós aqui". Sem citar nomes, o presidente criticou indiretamente os prefeitos de São Paulo, José Serra; do Rio de Janeiro, César Maia; e a governadora do Rio, Rosinha Garotinho. Lula afirmou que um programa do governo federal para ajudar jovens a voltarem a cursar o ensino fundamental, com remuneração de R$ 120 mensais, o Pró-Jovem, teve 30 mil inscritos em São Paulo, mas não funcionou "porque depende muito da prefeitura". Segundo Lula, o governo federal queria fazer o programa Bolsa Família junto com o governo e a prefeitura do Rio de Janeiro, "mas não foi possível".

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