O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, em Campinas, durante a inauguração de uma obra de saneamento, não acreditar que a disputa entre partidos da base aliada, por conta da eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, divida a situação. "Não haverá feridas. Se houver rusgas por causa da disputa, elas serão consertadas pela tradição da convivência democrática", afirmou o presidente. Ele ponderou que as relações entre PT, de Arlindo Chinaglia e vencedor da disputa na Casa, e o PCdoB, de Aldo Rebelo, são históricas. "São relações de 30 anos que não vão entrar em crise por uma disputa de 30 dias." Lula disse que a partir de agora tratará da reforma ministerial, mas sem pressa. "Estou tranquilo, tranquilo", enfatizou. O presidente voltou a mencionar a criação do conselho que fará o acompanhamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e disse que cuidará do assunto pessoalmente, pois está numa situação muito confortável. "Eu não disputo mais nada no Brasil, quero apenas que o País cresça economicamente. Então, enquanto as pessoas estão pensando em eleições, estão fazendo as disputas, os discursos, o meu problema nesses quatro anos será um problema bom que é trabalhar, trabalhar, trabalhar". Durante a visita à Estação de Tratamento de Esgotos de Anhumas, apresentada como a maior do interior do Brasil, Lula esteve acompanhado dos ministros Tarso Genro, das Relações Institucionais, e Marcio Fortes, das Cidades, além do prefeito de Campinas, Hélio da Costa Silva, do PDT, que o apoiou durante a campanha eleitoral de 2006. No terceiro compromisso do dia, Lula participará, às 18h45, em São Paulo, de cerimônia religiosa em memória às vítimas do Holocausto, na Congregação Israelita Paulista.