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Lula diz que, a partir de 2018, opositores terão mais quatro anos com 'partidos populares'

'Acho que a Dilma (Rousseff) vai voltar a crescer, e acho que aqueles que não gostam de nós vão ter que conviver, a partir de 2018, com mais quatro anos dos os partidos democráticos e populares na governança deste País', diz ex-presidente

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Rui Falcão com o ex-presidente Lula Foto: EVARISTO SA|AFP

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o PT vive possivelmente o momento mais difícil de sua história, mas que acredita na superação das dificuldades. "Acho que a Dilma (Rousseff) vai voltar a crescer, e acho que aqueles que não gostam de nós vão ter que conviver, a partir de 2018, com mais quatro anos dos os partidos democráticos e populares na governança deste País", afirmou, em entrevista divulgada no site do PC do B. Em passagem por Brasília, nesta quinta-feira, 29, Lula discursou na abertura da reunião do Diretório Nacional do PT e almoçou com parlamentares do PC do B.

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Segundo Lula, o momento é difícil porque o adversário enfrentado não são partidos comuns de oposição. "Estamos enfrentando um massacre de uma imprensa conservadora, que me parece que não concorda com a evolução e as conquistas do povo mais pobre desse País, com a ascensão de pobres às universidades, com programas que elevaram a qualidade de vida das pessoas", afirmou. 

O ex-presidente admitiu, porém, que o PT cometeu erros. "Obviamente que também temos cometido erros, e é bom saber, e existe discordância com relação à política econômica e nós temos que fazer as correções na medida do possível e no momento correto". Ontem, em sua fala aos dirigentes petistas, Lula defendeu a aprovação do ajuste fiscal como prioridade zero para o governo poder avançar em outras pautas. 

Lula também voltou a abordar a dificuldade de manutenção da base aliada no Congresso, mas elogiou a troca promovida por Dilma na Casa Civil. "Teoricamente a Dilma tem uma maioria dentro do Congresso Nacional, tanto na Câmara como no Senado. Acho que o governo agora arrumou a sua articulação política", disse. "A vinda do companheiro Jaques Wagner para a Casa Civil me parece que deu um alento muito grande dentro do Congresso Nacional. O Aloizio Mercadante voltou para a Educação e vai fazer um extraordinário trabalho de Educação."

O ex-presidente também elogiou o comportamento da bancada do PC do B no Congresso e defendeu uma maior aproximação da sigla com o PT. "O PT é muito agradecido ao comportamento da bancada do PC do B, não só nas cidades, nas Câmaras de Vereadores, mas sobretudo aqui no Congresso Nacional", afirmou. "A deputada Jandira Feghali tem que ser motivo de orgulho não só para o PT, mas para o PCdoB e para quem é da esquerda neste país, que sabe que tem gente que tem caráter, que não é oportunista".