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Lula disse que não choraria, mas chora ao ser diplomado

O presidente chegou a dizer que não iria se emocionar como em 2002, pois agora está "quatro anos mais velho", mas, durante agradecimento, não resistiu e chorou

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ao chorar ao ser diplomado, nesta quinta-feira, como presidente reeleito da República, a exemplo do que aconteceu em dezembro de 2002, após ter sido eleito para o primeiro mandato. Minutos antes, ele chegou a dizer que não iria se emocionar como em 2002, pois agora está "quatro anos mais velho": "Esse segundo diploma não me permite ficar com a mesma emoção que estava naquela (diplomação de 2002). Naquela, eu ainda tinha um sonho. Nesta, já sei que a responsabilidade do segundo mandato é infinitamente maior." Ao discursar, Lula abandonou por um momento o texto escrito e, de improviso, disse que, a partir de agora, não vai mais comparar seu governo com o anterior, de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "Agora, tenho que comparar o segundo mandato com meu primeiro mandato. Agora, é José Alencar e Lula contra José Alencar e Lula, em benefício do povo brasileiro", afirmou. Em seguida, após ter recebido do presidente do TSE, ministro Marco Aurélio de Mello, o diplomata de presidente da República, Lula disse que estava feliz. "Quero agradecer o sacrifício de vocês e a compreensão do povo brasileiro, que, em momentos muito difíceis, em momentos muito... " Com a voz embargada, o presidente não conseguiu prosseguir o pronunciamento e começou a chorar, enxugando as lágrimas e bebendo um copo de água. No plenário, autoridades representantes dos Três Poderes aplaudiram. A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, enxugou uma lágrima. Lula retomou o discurso: "Nesses momentos muito difíceis, o povo mais humilde... (volta a chorar) deu uma lição no Brasil. O povo mais humilde não precisou de intermediários para dizer o que deveria fazer no processo eleitoral. Ele tomou para si a responsabilidade de dizer alto e em bom som ´eu quero votar do jeito que sei votar: em José Alencar e Lula´. É por isso que a minha responsabilidade é muito grande." Depois, Lula disse que acabou o tempo do "voto-de-cabresto" no País. Elogiou o atual sistema eleitoral e disse que "o povo está mais inteligente e consciente." Antes, no discurso escrito, o presidente afirmou que o desafio do seu governo é acelerar o desenvolvimento e garantir a justiça social. "Que Deus ajude o nosso esforço coletivo para fazer do Brasil um país mais próspero e justo", disse. Este texto foi ampliado às 20h06

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