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Lula define limite para o que será divulgado

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Por João Domingos
Atualização:

Informado por aliados da montagem de um dossiê contra o governo Fernando Henrique, o presidente Lula decidiu vetar a exposição na futura CPI do Cartões de algumas informações daquele período. A idéia de divulgar na CPI a compra de um pênis de borracha na gestão anterior, para retaliar o PSDB e o DEM, foi feita durante a reunião do comando político do governo, na terça-feira. Segundo um ministro, a estratégia foi abortada porque poderia se voltar contra o próprio governo e foi considerada "muito baixa" pelo presidente. Além do mais, descobriu-se que o pênis foi comprado para uma aula de educação sexual numa escola pública. Não haveria sentido, portanto, usá-lo para fazer guerra de informações com a oposição, visto que o material serviu para ajudar na formação de alunos da escola pública. No governo, de acordo com um auxiliar de Lula, admite-se que houve desvios efetivamente em 5% dos gastos feitos com os cartões corporativos. Nem por isso o governo pretende acabar com ele. No máximo, informou o assessor, quer aprimorar o uso dos cartões. Nesse sentido, as recomendações da Controladoria-Geral da União e do Tribunal de Contas da União (TCU), as notícias veiculadas pelos meios de comunicação e a própria atuação da CPI poderão resultar na melhoria do sistema. CHEF Os aliados têm outras armas contra o governo anterior. Uma delas é a suposta contratação da chef de cozinha Roberta Sudbrack. Segundo informações que chegaram ao governo, por US$ 12 mil mensais (valores da época), a cozinheira ia uma vez por semana a Brasília para cuidar do cardápio de FHC. Integrante da tropa de choque do governo na CPI, o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) afirmou que ainda não sabe como agirá. "Não há nenhuma orientação sobre o que vamos fazer."

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