PUBLICIDADE

Lula defende papel dos fundos de pensão na área social

Por Agencia Estado
Atualização:

Os fundos de pensão terão um papel mais nobre a partir de agora, disse hoje o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante o I Seminário Internacional dos Fundos de Pensão, no Rio. "Temos que pensar que, se em função de um mercado financeiro cada vez mais voraz, os fundos de pensão terão um papel social", afirmou. Segundo Lula, seu governo vai discutir com os fundos no Brasil e no exterior como essas entidades podem ter uma maior participação social. "Vocês vão ver muita gente do meu governo viajando para conversar com os fundos de pensão", afirmou. Lula disse que os fundos não podem abrir mão do retorno dos seus investimentos, que são para garantir o futuro dos trabalhadores participantes. De acordo com ele, o patrimônio dos fundos de pensão no Brasil, de cerca de R$ 180 bilhões, parece muito. Em dólares, porém, essa cifra ficaria em US$ 60 bilhões. ?Perto dos fundos dos Estados Unidos e outros países, é quase nada", disse o presidente. Ele afirmou que o seu governo vai estimular cada categoria a criar o seu próprio fundo de pensão e discutir parcerias com os fundos brasileiros e estrangeiros. Lula elogiou a participação dos fundos de pensão em empresas brasileiras, na época das privatizações, na segunda metade da década de 90. "Na época eu era contra a entrada de fundos de pensão para comprar ativos brasileiros. Mas, agora vejo que muito da intervenção dos fundos nas empresas deu resultado", disse. Ele dirigiu essas palavras aos presidentes dos fundos de pensão patrocinadores do evento, todos de estatais: Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (CEF). O presidente comentou que tem conversado com sua equipe para aprofundar as discussões sobre fundos de pensão no Brasil, e como promover o seu crescimento no mercado brasileiro, bem como sua participação no desenvolvimento econômico e social do Brasil. Lula reconheceu que não pode obrigar os fundos privados a contribuírem com o programa social do governo, "mas isso pode ser debatido politicamente".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.