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Lula defende fim de 'terrorismo' em eleições no Brasil

'Não aceito mais a ideia imbecil de que se ganhar fulano vai estragar tudo', afirmou

Por Ana Conceição e Lucinda Pinto
Atualização:

Lula na Anfavea: 'Não podemos permitir a volta ao passado'. Sérgio Castro/AE

 

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SÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, 2, que as eleições não podem mais gerar terrorismo no Brasil. Para o presidente, não existe a possibilidade de quem quer que seja o próximo presidente "estragar o que já foi feito". "Isso vai ficar claro para a sociedade brasileira. Não haverá mais terrorismo eleitoral neste País. Eu sei porque fui vítima disso", afirmou durante almoço promovido pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). "Não acredito e não aceito mais a ideia imbecil que se falava no Brasil de que se ganhar fulano vai estragar tudo, se ganhar beltrano vai estragar tudo. Não existe essa hipótese", disse.

 

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O presidente aproveitou a oportunidade para fazer uma comparação da situação do País quando tomou posse no primeiro mandato em 2003 com o quadro atual. Lula defendeu que a concessão de crédito foi o motor da economia do País nos anos de seu governo. Ele relembrou que em 2003 havia R$ 371 bilhões disponíveis para crédito no País e hoje existem R$ 1,41 trilhão. "Precisou um torneiro mecânico que se dizia socialista para entender que um regime capitalista precisa de capital. Nós éramos como a velha União Soviética, a economia estava atrofiada."

 

No almoço da Anfavea, o presidente Lula parabenizou os fabricantes de veículos pelo bom desempenho nas vendas em 2009, que teve um crescimento de 11,35% em relação a 2008, e disse que isso foi possível porque governo e indústria partilharam do mesmo pensamento. Ele voltou a dizer que medidas como a redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) e o alongamento do prazo de pagamento, além de juros menores, foram fatores que fizeram as vendas crescerem mesmo durante o pior período da crise. "Nós fizemos o óbvio."

 

Lula, que estava ao lado da ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata à Presidência, Dilma Rousseff, além de outros ministros, disse aos empresários que o Brasil não pode voltar ao passado. "Não podemos permitir a volta ao passado. Daqui para a frente é garantir os investimentos", afirmou.

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(Com informações de Roberto Almeida, de O Estado de S. Paulo)

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