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Lula defende agronegócio em plano contra fome na África

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o agronegócio brasileiro em discurso feito nesta quarta-feira na sede da Comissão da União Africana, em Adis Abeba, capital da Etiópia.Ele citou como um exemplo bem-sucedido no Brasil a combinação entre a produção em grande escala para exportar e a do pequeno agricultor familiar, que responde por mais de 60% do alimento que vai à mesa do brasileiro. Lula disse que o segredo é permitir que o pequeno agricultor tenha acesso ao crédito e à tecnologia. "Precisamos acabar com o discurso da cultura da sobrevivência, em que a pessoa é educada para produzir apenas o que vai comer."Lula reuniu-se com a presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini Zuma, e com o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), José Graziano da Silva, para discutir um plano de erradicação da fome e da desnutrição na África. As duas entidades e o instituto brasileiro que leva o nome do ex-presidente promovem em março de 2013 uma reunião com líderes africanos e parceiros internacionais para a discussão de medidas de combate à fome. Lula manifestou interesse em compartilhar as experiências do Brasil de transferência de renda e combate à pobreza, que considerou bem-sucedidas. Ele citou iniciativas como o programa Bolsa-Família e lembrou que, em seu governo, 17 milhões de pessoas saíram da pobreza.No final da tarde, Lula seguiu para a Índia, onde recebe nesta quinta-feia (22), no Palácio Presidencial, o prêmio Indira Ghandi Pela Paz, Desarmamento e Desenvolvimento 2010. A entrega deveria ter ocorrido em novembro de 2011, mas o ex-presidente solicitou o adiamento para tratar um câncer descoberto em sua laringe. Depois da premiação, Lula será recebido pelo primeiro-ministro Manmohan Singh. O ex-presidente retorna ao Brasil no sábado (24).

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