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Lula culpa oposição pelo não lançamento do PAC Saúde

Presidente garante que não abrirá mão de nenhum outro programa por falta de recursos da CPMF

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Por Carina Urbanin
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira, 20, em Florianópolis, durante a cerimônia de lançamento do programa de revitalização do Morro da Cruz e assinatura dos termos de doação de telecentros a municípios do estado de Santa Catarina, que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Saúde não pôde ser lançado pelo governo federal devido a não-prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Lula culpou a oposição pelo fim da cobrança, e garantiu que não abrirá mão nenhum outro programa por falta de recursos da CPMF. Veja também: Governo vai reduzir número de MPs, diz Dilma Para manter regras de MPs, Lula manda congelar novas medidas "A oposição trabalhava com a seguinte idéia", afirmou Lula, "não podemos votar a CPMF porque senão vamos dar mais R$ 120 bilhões para o presidente Lula até 2010 e aí ele vai fazer o seu sucessor". E completou: "Não me prejudicaram em nada, prejudicaram foi o povo pobre deste país". Segundo o presidente, a previsão de receita com o imposto em 2008 era de cerca de R$ 40 bilhões - R$ 24 bilhões destinados à saúde. Lula criticou também a ineficiência da máquina administrativa. Para ele, a incapacidade do Estado de atender às necessidades da população é um "problema crônico". "Muitas vezes você decide, vamos fazer tal obra, o dinheiro esta disponibilizado no banco para fazer essa obra, aí o prefeito não tem projeto. Se o prefeito tem projeto, às vezes o Ministério Público entra com um processo, às vezes o meio ambiente proíbe. Há um descompasso e não é culpa de ninguém", disse criticando os embaraços legais. "As leis são assim, e fomos nós que fizemos. Quando nós somos oposição, fazemos a lei para atrapalhar a situação porque a gente pensa que nunca vai ser governo", declarou Lula. O presidente lembrou que o PAC foi lançado em 22 de janeiro de 2007, logo no começo de seu segundo mandato e, portanto, não pode ser classificado como um programa "eleitoreiro". Ele garantiu ainda que as obras não beneficiam apenas governadores e prefeitos da base aliada. Como exemplo, citou R$ 8 bilhões destinados ao estado de São Paulo, governado pelo PSDB. Outros R$ 4 bilhões, segundo Lula, destinam-se a Minas Gerais, estado governado pelo tucano Aécio Neves, e mais R$ 2 bilhões vão para o Rio Grande do Sul, administrado pela "adversária política" Yeda Crusius, também tucana. "Não cabe a um presidente da República, a um governador ou a um prefeito republicano ficar pedindo a ficha de filiação partidária de moradores de um bairro, de um prefeito ou de um governador para fazer políticas públicas. As políticas públicas são feitas em função das necessidades da sociedade", concluiu o presidente. As informações são da Agência Brasil.

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