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Lula critica protecionismo em Cuzco, no Peru

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou o protecionismo imposto pelos Estados Unidos aos produtos da América Latina e pediu que o G-8, grupo formado pelos países mais ricos do mundo, dêem mais atenção à América Latina, durante discurso na solenidade de encerramento da 17.ª reunião de Cúpula do Grupo do Rio, realizada em Cuzco. ?Não podemos aceitar os subsídios agrícolas bilionários, as medidas de defesa comercial arbitrárias e o protecionismo disfarçado, que nos rouba mercados e nos impede de colher o fruto de nosso trabalho?, disse Lula. ?Esperamos que o G-8 ampliado, convocado pelo presidente Jacques Chirac (França), seja o sinal de que nossa voz venha a ser ouvida, e que os países ricos estejam finalmente dispostos a mudar seu comportamento de modo que o livre comércio seja uma via de duas mãos? afirmou o presidente do Brasil. O discurso de Lula foi feito Parque Arqueológico de Saqsaywamam, no Templo de Adoração ao Sol. O presidente disse ainda que uma solução para a América Latina depende dos próprios países, mas já estão ocorrendo avanços, com crescimento econômico e justiça social. Lula pediu também uma campanha prioritária de solidariedade em favor dos menos afortunados, com imensa esperança e confiança. Disse que pretende colocar na agenda do Brasil na Presidência do Grupo do Rio, a articulação em torno dos valores comuns, da cultura de paz. ?O Grupo do Rio nasceu num momento de crise regional para construção da paz e de instabilidade mundial que vivemos e de crescente relevância. Vivemos um momento de decisões que definirá os rumos de várias décadas. De minha parte, pretendo intensificar meus contatos com os países e levar nossas reivindicações e mensagens a todos para que participemos?, afirmou Lula. A cerimônia de encerramento da 17a Cúpula do Grupo do Rio atrasou cerca de uma hora porque todos os chefes de Estado ficaram dentro do ônibus esperando a chegada do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. O ato festivo foi realizado ao ar livre, no Parque Arqueológico de Saqsaywamam, no Tempo de Adoração ao Sol. O presidente do Peru, Alejandro Toledo, disse a Lula que, na reunião do grupo no ano que vem, programado para ser realizado no Brasil, os países da América Latina terão percorrido um caminho maior na direção da democracia. ?Os países da América Latina têm de romper o círculo pernicioso de pobreza, narcotráfico e insegurança que mina a governabilidade?, disse Toledo. Lula e a mulher, Marisa, tomaram café da manhã nos jardins do Hotel Monastério. O presidente brasileiro foi o centro das atenções. Vicente Fox, presidente do México, pediu para que Lula tirasse uma foto com a delegação de seu país. Em seguida, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, solicitou a Lula uma foto com o filho Tomás.

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