Lula compara FHC a ex-marido que não quer ver a mulher feliz

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Por Agencia Estado
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Sem citar o nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu as críticas de seu antecessor. "Estamos numa fase boa. Sei que tem muita gente torcendo (contra). Quem acompanha a imprensa percebe. Tem muita gente que torceu para não dar certo", afirmou Lula, no discurso na abertura do 1º Fórum Mundial de Turismo, em Salvador (BA). "Sabe aquele negócio do ex-marido que não quer que a mulher seja feliz com o outro?", perguntou o presidente, interrompido por risos e aplausos. "Aquela pessoa fica torcendo para que o marido novo seja pior do que ele. Lamentavelmente acho que o Brasil está numa fase boa", disse Lula. "Pegamos o Brasil e ele estava na UTI. (O ano de) 2003 foi um trabalho imenso para levar o Brasil para a enfermaria. Quem foi internado sabe o avanço que é sair de uma UTI para ir para uma enfermaria. Já recebemos alta e estamos na rua andando", afirmou. "Estamos de cabeça erguida, cantando a música do nosso Zeca Pagodinho, "Deixa a vida me levar". O presidente estava acompanhado do governador da Bahia, Paul Souto, e do prefeito Antonio Imbassahy, ambos do PFL e aliados de Fernando Henrique. Em outro trecho de seu discurso, praticamente de improviso, Lula deu outra alfinetada em Fernando Henrique afirmando que na próxima sexta-feira dará ordem de serviço para a duplicação de um trecho da BR 101. Segundo ele, essa ordem de serviço foi dada em 26 de junho de 1998, "mas como era ano eleitoral não aconteceu nada". "Agora, vou ficar atento para ver se a obra acontece", disse. Ao comemorar os números que indicam o crescimento da economia, o presidente que é preciso que se pare de reclamar como uma "Madona chorona". "Precisamos nos contentar com alguma coisa", disse Lula. "Nosso objetivo não é nos contentarmos com o crescimento atual. É transformar essa possibilidade num ciclo de crescimento sustentado de 10 a 15 anos". Dirigindo-se ao prefeito eleito de Salvador, João Henrique (PDT), Lula disse que ele não vai ter tempo de falar mal de Imbassahy, que deixará o cargo, "porque o mandato é tão curto que você vai ter que trabalhar que nem um louco para poder cumprir o que acredita".

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