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Lula 'busca se distanciar' de Sarney, diz Wall Street Journal

Diário americano afirma que renúncia do senador prejudicaria coalização para a eleição de Dilma em 2010

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Por BBC Brasil
Atualização:

Uma reportagem do jornal americano Wall Street Journal desta terça-feira, 4, afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "busca se distanciar" do presidente do Senado, José Sarney.

 

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No texto intitulado "Líder brasileiro busca se distanciar de aliado", o correspondente do jornal em São Paulo, John Lyons, afirma que Lula "enfrenta um possível revés em meio a acusações de corrupção que colocaram pressão para que um importante aliado renuncie do comando do Senado".

 

O jornal diz que inicialmente Lula defendeu Sarney das acusações, mas que na semana passada, em uma entrevista coletiva, o presidente brasileiro "indicou que cortou seus laços, sugerindo que não vai mais defender Sarney".

 

"Uma aliança com Sarney ajudou a garantir maiorias para Lula e seu partido de esquerda, o PT, nos últimos anos."

Popularidade 'medíocre' de Dilma

O jornal enumera algumas ações de Sarney e diz que o presidente do Senado tem falado que não vai renunciar ao cargo.

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"Sarney pode enfrentar a tempestade. Mesmo se ele renunciar como presidente do Senado, ele provavelmente continuará sendo senador, dizem muitos analistas", afirma a reportagem.

 

"Ainda assim, uma renúncia sacudiria Sarney justo quando o presidente Lula precisa dele para liderar uma investigação no Congresso sobre práticas contábeis na estatal do petróleo [Petrobras]."

 

O repórter também afirma que Sarney é importante para agregar votos a Dilma Rousseff, a candidata escolhida por Lula para as eleições presidenciais de 2010.

 

"Depois de dois mandatos no poder, Lula não pode se reeleger, e os índices medíocres de popularidade de Rousseff sugerem que ela vai precisar de uma coalizão multipartidária para vencer."

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