Lula atribui fim de programas de saúde ao fim da CPMF

Presidente relembra PAC da Saúde, que tinha como previsão investimento de mais 24 bilhões no setor

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Ao lamentar mais uma vez o fim da CPMF, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva responsabilizou parcela do Senado pela interrupção de um programa que pretendia levar médicos e dentistas às escolas públicas do País.  Segundo Lula, no PAC da Saúde apresentado pelo ministro José Gomes Temporão no ano passado, com a previsão de investimento de mais 24 bilhões no setor, constava um programa para levar médicos e dentistas para as escolas públicas.   "Lamentavelmente teve que ser paralisado porque um pequeno grupo de senadores resolveu não aprovar a CPMF, e o PAC da saúde está sendo reconstruído para ver o que conseguimos fazer", disse Lula, em discurso na premiação da 3a Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas, que envolveu 17 milhões de estudantes.   O presidente levou ao palco para acompanhar o seu discurso o estudante Ricardo Oliveira da Silva, de 19 anos, que sofre de atrofia do tecido muscular, como exemplo da perseverança e da importância de se dar oportunidade aos jovens do País.   Lula lembrou que quando surgiu a idéia de se fazer uma olimpíada nacional de matemática, muita gente dizia que não ia dar certo e logo no primeiro ano, em 2005, 11 milhões de estudantes se inscreveram.   No segundo ano, mesmo com as limitações da Justiça Eleitoral, que, segundo Lula, proibiu até que se colassem cartazes nas escolas convocando os alunos, por se tratar de ano de eleições, foram 14 milhões de inscrições.   "E esse ano chegamos a 17 milhões e 300 mi alunos, a maior olimpíada de matemática do mundo", afirmou.   Lula anunciou a intenção de promover uma olimpíada da língua portuguesa e aproveitou a doação de laptops pelo banco Itaú aos tricampeões da olimpíada de matemática para pedir a entrega dos equipamentos para os vencedores de todas as olimpíadas futuras.   "Se o Itaú continuar com os lucros que está tendo, isso não vai custar nada", disse o presidente.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.