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Lula anuncia redução de 30% no desmatamento da Amazônia

O levantamento foi feito entre agosto de 2005 e agosto de 2006

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, divulgaram nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto, levantamento que indica uma redução no desmatamento na Amazônia em 30%, entre agosto de 2005 e agosto de 2006, em relação ao mesmo período do ano anterior. Em solenidade, Lula disse que o País não abre mão da soberania da Amazônia. "O domínio soberano do nosso território é inquestionável. Quem quiser conhecer a Amazônia ou explorar a Amazônia tem de pedir licença para o Brasil", afirmou. "Não abrimos mão do controle dessa reserva florestal extraordinária, a maior do planeta", acrescentou. No discurso, Lula fez críticas aos países desenvolvidos que, segundo ele, não respeitam protocolos internacionais e têm interesses na região Amazônica. "Eles (países desenvolvidos) têm pouco a nos dar conselhos sobre como cuidar do meio ambiente. Porque só foram descobrir que era necessário cuidar, quando já tinham desmatado todo o seu território", afirmou. Ao comentar protocolos como o de Kioto, que estabelece metas de redução dos gases poluentes, Lula disse que as nações desenvolvidas são gananciosas. "Nas conferências internacionais se tomam as mais belas decisões. Mas depois boa parte delas não é implementada. As decisões são incompatíveis com a vontade e a ganância", afirmou. O presidente ressaltou o trabalho da Polícia Federal no combate ao desmatamento na Amazônia. Ele lembrou que em um ano foram presas 379 pessoas, sendo 71 servidoras do Ibama. Ele disse que muitas leis foram feitas no Brasil para atender destruidores da floresta. "Muitas coisas feitas equivocadamente são na clandestinidade, na bandidagem, mesmo. Temos de dizer isso em alto e bom som,", afirmou. Também participaram do anúncio da redução do desmatamento na Amazônia os ministros da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, e da Casa Civil, Dilma Rousseff.

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