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Lula amplia agenda de viagens para ajudar aliados

Inicialmente disposto a fazer campanha apenas em São Paulo e São Bernardo, presidente irá até a Natal

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Por Lisandra Paraguassu
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai entrar para valer na campanha eleitoral daqui a 10 dias, em São Paulo, para ajudar a candidata petista Marta Suplicy. No mesmo final de semana, o presidente deverá reservar parte do tempo para apoiar o ex-ministro Luiz Marinho, candidato em São Bernardo do Campo. Deve, ainda, incluir na agenda um tempo para os candidatos da base aliada em Diadema, Mario Reali (PT), Santo André, Vanderlei Siraque (PT), e Campinas, Doutor Hélio (PDT). Até agora, o presidente tinha resistido a entrar ostensivamente nas campanhas. Dava como certa apenas a participação explícita nas campanhas de Marta e Luiz Marinho. Mas já começou a fazer promessas a correligionários. Uma delas é que de que irá a Natal apoiar a deputada federal Fátima Bezerra (PT), que enfrenta problemas para decolar nas pesquisas. Essa, no entanto, é a única cidade fora de São Paulo onde já está certo que Lula deve comparecer. Belo Horizonte e Salvador estão fora da lista e é pouco provável que vá a Recife fazer campanha, apesar de boa parta de a base aliada estar coligada em torno do petista João da Costa e de o PMDB ter se associado ao PSDB. No entanto, Lula terá dois dias de eventos oficiais na cidade como presidente, nos dias 4 e 5 de setembro. Um assessor próximo ao presidente, no entanto, afirmou que ele não pretende aproveitar dias de agenda presidencial para emendar eventos políticos com candidatos. Mas, em período eleitoral, a sincronia é total. Onde o presidente pisar, haverá candidatos. CARTILHA Lula tem dito que já fez o melhor que poderia fazer por seus aliados, um governo que está dando certo. Na reunião do Conselho Político, na última terça-feira, disse aos líderes que os candidatos deveriam usar os programas e obras federais nas suas campanhas. O Planalto até mesmo distribuiu uma revista com as realizações federais para que os candidatos pudessem ter números e fatos para alardear. Além de cauteloso, segundo assessores,Lula estaria preocupado com os resultados que podem ter seus apoios explícitos depois de terminadas as eleições. Tem receio de que um candidato da base, ao perder a eleição, possa culpar um eventual apoio presidencial a seu concorrente. Isso poderia, por exemplo, criar problemas para o governo no Congresso, caso esse candidato volte para lá ressentido com o presidente.

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