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Lula afirma que Palocci fica no cargo de ministro

Antes da declaração do presidente, a assessoria do Palácio do Planalto havia desmentido que o ministro teria pedido demissão

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, permanecerá no cargo. O presidente chegou à Confederação Nacional da Indústria (CNI), onde participará da solenidade de assinatura de um acordo de cooperação técnica para ampliação da educação profissional de jovens e adultos. Lula foi abordado por jornalistas que lhe perguntaram se o ministro - acusado de freqüentar mansão em Brasília onde se reuniam integrantes da chamada república de Ribeirão para festas e partilha de dinheiro suspeito - vai sair do ministério. "Não", respondeu o presidente. Outro repórter insistiu: "Então, ele fica no cargo?" E Lula respondeu: "Fica. Fica". Pouco antes das declarações do presidente, a assessoria do Palácio Planalto negou que Palocci tenha apresentado qualquer pedido de demissão, fosse por carta ou verbalmente, ao presidente Lula. O desmentido foi divulgado por causa de uma onde de boatos sobre a possível saída do ministro do governo ´Confirmo até morrer´ Palocci participou de uma reunião com Lula, a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e representantes dos bancos oficiais, no Palácio do Planalto. A assessoria da Presidência não informou a pauta da reunião. Hoje o caseiro Francenildo Santos Costa, conhecido como Nildo, prestou depoimento à CPI dos Bingos, que depois foi suspenso por causa da liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, ao senador Tião Viana (PT-AC). Ele reafirmou as acusações feitas contra o ministro. "Confirmo até morrer", garantiu. O caseiro afirma que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci freqüentava a casa no Lago Sul, área nobre de Brasília, onde, segundo ele, havia distribuição de dinheiro, como foi divulgado em reportagem publicada pelo O Estado de S. Paulo. À tarde, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), anunciou, em discurso no plenário da Casa, que seu partido, a partir de agora, não se vincula a mais nada que diga respeito à defesa do ministro da Fazenda, Antonio Palocci: "Cumpro meu dever de exigir a demissão do ministro", afirmou.

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