PUBLICIDADE

Lula adia anúncio, mas deve dar Agricultura a Stephanes

PMDB também negocia equipe do segundo escalão do Ministério da Saúde

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiou novamente o anúncio oficial do novo ministro da Agricultura, mas, segundo um de seus interlocutores no Congresso, informou terça-feira, 20, ao governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), a sua decisão de nomear o deputado Reinhold Stephanes (PMDB-PR) para o cargo. À tarde, o próprio deputado recebeu três telefonemas do Palácio do Planalto, dando conta de que o governo estava apenas finalizando o processo de "checagem final" de seu nome, mas a indicação era tida como certa. Enquanto aguardava a confirmação e administrava resistências de setores da bancada ruralista a Stephanes, a cúpula do PMDB começou a negociar o segundo escalão. O presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), e o líder na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), iniciaram as conversas pelo Ministério da Saúde. Na conversa da véspera, Lula reforçara o pedido de apoio e de parceria do PMDB com o novo ministro da Saúde, José Gomes Temporão. A primeira vítima do acerto deve ser o presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Paulo Lustosa, que tanto Lula como Temporão querem trocar. No primeiro encontro de Temer e Alves com Temporão, na terça-feira, o ministro falou que queria Osmar Berro, ex-secretário de Saúde de Duque de Caxias, mas não teve sucesso. Os deputados resistiram e ponderaram que a bancada não aceitaria. Ficou acertado que Berro será acomodado em uma das diretorias da Funasa e o diretor-executivo, Danilo Bastos Forte, indicado pelo deputado Eunício Oliveira (CE), fica interinamente na presidência. Um dirigente do PMDB revela que, na conversa com Temer, Lula informou que havia orientado Temporão a compor o segundo escalão com o PMDB. Recomendou, no entanto, que o partido tivesse o cuidado de indicar "gente qualificada" para cargos técnicos e avisou que a composição terá outras legendas aliadas. "Vai ter verticalização dentro da coalizão de governo, não restrita ao partido do ministro", confirmou Temer. Colaboraram Vera Rosa, Evandro Fadel e Christiane Samarco

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.